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Número 45 | 31/10/2011 a 31/11/2011

Intercâmbio profissional: Como uma oportunidade de trabalho no exterior pode ser encarada como diferencial competitivo pelas empresas


Sua meta ou plano de carreira envolve trocar experiências profissionais em outra parte do mundo, além de conhecer um novo idioma e cultura? Essas são algumas das conquistas de quem vai para o exterior fazer um intercâmbio profissional. Muitas empresas vêm incentivando os profissionais a partirem para o exterior em busca de reciclagem e de um currículo mais concorrido no mercado de trabalho. Saiba por que vale a pena fazer este tipo de investimento e quais são os cuidados que se deve ter para fazer dessa oportunidade uma medida para alavancar a carreira.

Marina Portela, professora da disciplina de Processos de Internacionalização, do curso Gestão de Pessoas do IEC PUC Minas, na unidade de Contagem, comenta que o profissional ao decidir ingressar em um intercâmbio internacional deve levar em consideração uma série de fatores, além de fazer uma extensa análise de oportunidades e ameaças à carreira profissional, como por exemplo, saber escolher bem o curso ou empresa, analisar a própria carreira, anseios futuros e oportunidades. “O profissional que optar por esse tipo de experiência deve fazer o máximo para que ela seja proveitosa. Se, aliado às prospecções de carreira, a pessoa tiver intenção de aprimorar um idioma precisa tentar vencer as barreiras pessoais. Em termos profissionais, é importante tentar se destacar na atividade que se propôs a fazer e aprender tanto em termos de inovação, formas e processos de trabalho, quanto em conhecimentos técnicos e práticos da sua área”.

Para a professora, a experiência internacional acrescenta vantagem competitiva à pessoa, que se prepara para o mercado de trabalho, desde o início da sua formação. Ela chama a atenção para o fato que a decisão deve ser analisada de forma cautelosa, especialmente quando se tratar de largar o emprego atual para estagiar em alguma empresa da área (o estágio, mesmo após ter se formado, é uma oportunidade real no exterior) ou mesmo trabalhar. “É necessário avaliar o que este investimento trará futuramente para carreira do profissional. Se o estágio ou emprego for bem encaixado na área de atuação e proporcionar uma ampliação da carreira pode ser sim uma grande oportunidade de crescimento. Por outro lado, se não houver apoio ou incentivo da empresa que o emprega, e o funcionário tiver a esperança de crescer na instituição, cuidado, porque poderá estar optando pelo caminho errado. Uma carreira desse nível exige outros fatores, como formação, competências e experiência para ser bem sucedida. O intercâmbio profissional é um caminho importante, mas não o único pré-requisito”, avalia.

Caminho para o crescimento profissional

Na hora de escolher um candidato à vaga de trabalho, muitos especialistas afirmam que levam em consideração se ele tem vivência profissional  internacional.  Marina Portela enfatiza que este fator associado a outros, como experiência, qualificação, boa formação e atualização constante (através de cursos, pós-graduações, MBAs, fluência em línguas) são considerados experiências valiosíssimas, que geram interesse e atração pelo currículo do candidato. “É preciso ressaltar que até o tempo de estadia no exterior deve ser analisado para se chegar a um equilíbrio ideal. O profissional que decidir ficar mais do que 6 meses fora do mercado brasileiro de trabalho deve optar por um emprego/estágio em uma empresa reconhecida globalmente ou por um curso (especialmente um MBA) mundialmente reconhecido (como os do INSEAD, Wharton, Duke, dentre outros) que dê possibilidade de um bom emprego futuro. Se a intenção é crescer na própria empresa, o funcionário deve conversar com seus superiores, ou mesmo consultar o plano de progressão na carreira, para entender se isto é algo de interesse não só dele, mas também da organização", enfatiza.

De acordo, ainda, com a professora, tudo deve ser bem analisado, desde as finanças pessoais (caso não exista incentivo da empresa) até as oportunidades e, especialmente, ameaças à carreira do profissional. "É importante optar por empresas e cursos idôneos - sejam eles os intermediários no Brasil ou a própria sede no exterior. O Google hoje é uma ferramenta fantástica no auxílio de informações. As redes sociais também podem ajudar nas informações necessárias. Por isso, procure, pesquise e se certifique antes de embarcar nessa. Tenha certeza de que pode arcar com os custos tanto financeiros quanto emocionais".

Veja algumas dicas, dadas pela professora, para não perder a viagem:

- Tenha seus objetivos claros e planeje bem sua carreira antes de sair fora do país:
- Analise os custos, o tempo exigido e em que momento você se encontra na carreira;
- Se optar pelo intercâmbio, aproveite seu tempo e todas as oportunidades;
- Fortaleça seu networking, a língua nativa e não tenha vergonha ou timidez em se relacionar e procurar por oportunidades;
- Dê o seu melhor, mesmo que em um curto espaço de tempo: mostre a que veio;
- Não feche portas por mais insignificante que algo possa parecer a princípio;
- Procure não só entender as diferenças culturais, mas também aprender e se adaptar a elas. Isso, sem dúvida, o transformará em um profissional mais global e requisitado;
- Tente conhecer antes o que puder sobre o país onde vai morar, mas esteja aberto às surpresas culturais que nem o Google pode te contar;
- Por fim, e essencialmente, dê o seu melhor a cada dia como se não houvesse amanhã (e provavelmente, "o amanhã" será algo que chegará mais rápido do que se imagina).

 

25/10/2011

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