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Número 52 | 04/09/2012 a 02/10/2012

Overqualified: qualificado demais para a função


“Seria ótimo ter uma pessoa com a sua experiência em nossa equipe, mas no momento não temos orçamento para contratação”. “Obrigada pelo interesse, mas seu perfil está acima do que buscamos neste momento”. Algumas pessoas talvez já tenham ouvido algo desse tipo numa busca por emprego. Depois de fazer especializações, investir no conhecimento de línguas estrangeiras e ter passado por organizações de peso, alguns podem se perguntar do que adianta tanta qualificação, em tempos de overqualified.  O termo designa o profissional que possui maior qualificação do que a exigida para um determinado cargo. Porém, isso não significa que é preciso parar de se qualificar.

“Não há como classificar um profissional de overqualified sem se referir a um cargo específico ou a um plano de carreira em uma organização”, explica Adriano Cordeiro Leite, professor do curso Gestão de Pessoas do IEC. Assim, uma pessoa não será considerada overqualified – com excesso de qualificação – em todas as situações, mas dependendo do contexto: como buscar uma vaga abaixo de suas qualificações ou ocupar um cargo no qual não necessita da qualificação conquistada.

Ocupar ou buscar vagas abaixo da qualificação pode estar relacionado a medo de desemprego, necessidade de renda, desconhecimento do mercado. Porém, nem sempre é uma má ideia e pode ser uma estratégia. Algumas organizações valorizam a integração do profissional no ambiente social da empresa, levando a uma preferência por processos de recrutamento e seleção internos. Assim, caso a empresa possua um plano de carreira que interesse ao candidato ou esteja em expansão, ingressar em um cargo não muito distante do perfil atual pode ser mais indicado do que esperar abrir uma vaga “ideal” e concorrer com candidatos que também não possuem um histórico na organização, explica o professor.

No início da carreira, a arquiteta Marta Gonçalves Tavares, aluna do curso Docência e Gestão do Ensino Superior, do PREPES, se candidatou para uma vaga de projetista, com salário de nível médio, pois acreditava que seria estratégico adquirir mais experiência. Na época, além da graduação, ela já tinha uma especialização. Porém, a empresa não a recrutou. Segundo Marta, durante a entrevista, colocaram desafios e pediram posicionamentos e ela deu várias sugestões. Na época ficou frustrada por não ter conseguido a vaga, mas depois entendeu que ela não era o tipo de profissional que a empresa buscava.
 
Quando o profissional resolve buscar vagas que estão abaixo de sua qualificação, o professor Adriano ressalta que é importante demonstrar o interesse em crescer dentro da empresa, e não utilizá-la como “trampolim” para outras. Além disso, deve demonstrar que, ao assumir um cargo, que demanda menor qualificação, não significa menor capacidade ou abandono das aspirações profissionais. E para finalizar: seja transparente e não tente fingir ser menos qualificado.

Dicas
  - Seja transparente e não tente parecer menos capacitado do que é;
  - Mostre segurança ao afirmar que a vaga, apesar de menor do que sua função usual, faz parte de seu projeto de carreira;
  - Ressalte seu interesse pela vaga;
  - Não se concentre nas experiências passadas, foque sempre em projetos futuros junto à corporação;
  - Aproveite toda sua experiência e qualidades adquiridas ao longo da sua carreira para mostrar ao recrutador que você merece a vaga. 
  
Dica de leitura:

Vida e Carreira – um equilíbrio possível?, Mário Sérgio Cortelle e Pedro Mandelli, Editora Papirus 7 Mares
 

28/08/2012

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