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Número 52 | 04/09/2012 a 02/10/2012

“Quanto maior a titulação, melhores oportunidades”


O advogado Sérgio Henriques Zandona Freitas é assessor judiciário, no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, e professor universitário de cursos de graduação e pós-graduação. Aos 36 anos, cursa doutorado e já passou por três especializações, no IEC. Ele conta, aqui, como a dedicação aos estudos, o investimento e a organização foram fundamentais em sua trajetória profissional e acadêmica, provando a importância de se qualificar sempre.

- Fale um pouco a respeito da sua trajetória profissional, fazendo um breve histórico da sua carreira e da atuação no mercado de trabalho.

Comecei minha vida profissional como assistente especializado no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Na época, a experiência foi determinante para a escolha do Curso de Direito, iniciado em 1994. Durante a faculdade, atuei como estagiário no tribunal e em escritório de corretagem de imóveis. Formado, iniciei a advocacia como profissional contratado em escritório, com atuação em contratos bancários, direito público e sindical. Na sequência, fui convidado para compor uma sociedade de advogados e passei a trabalhar com direito empresarial. Em 2002, recebi o convite para assumir a função pública de assessor judiciário no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG). Nestes anos, também iniciei vínculo com várias instituições ligadas ao Direito, como o Instituto de Ciências Penais (ICP) e o Instituto dos Advogados de Minas Gerais (IAMG), entre outros. Durante este período sempre me preocupei com a carreira, minha formação acadêmica e profissional, com grande investimento na aquisição de livros e equipamentos, elaboração de material no magistério, muita pesquisa e estudo.

- Como o investimento nos cursos de pós-graduação na área do Direito tem contribuído na sua carreira profissional?

Paralelamente a vida profissional, cursei três especializações no IEC PUC Minas, em Direito de Estado, Direito Civil e Direito Processual. O investimento foi determinante para que eu começasse a lecionar. Desde então, não parei os estudos. Fui me aperfeiçoando na área acadêmica, cursei mestrado e hoje faço doutorado, ambos por concurso, com aprovação em primeiro lugar. Neste período, foram mais de 30 publicações de textos jurídicos de minha autoria em livros e periódicos de Direito e organização de várias obras jurídicas.

- Quais são os seus planos profissionais daqui para frente?

Pretendo me dedicar à docência profissional e expandir os grupos de pesquisa em Direito nos institutos em que faço parte como associado, em especial, no Instituto Mineiro de Direito Processual (IMDP), através de seu Portal: www.imdp.com.br, que tenho a felicidade e a honra de ser coordenador. Este investimento será fundamental também na concretização de outros projetos profissionais, nas outras instituições que tenho vínculo de trabalho.

- Dê dicas para os profissionais que, assim como você, querem se destacar no mercado de trabalho.

O destaque no mercado de trabalho deve ser uma preocupação constante dos profissionais da área jurídica, uma vez que o Brasil conta com um grande número de advogados. Pra atingir o sucesso profissional, acredito que basta ter o que chamo de “visão além do alcance”, frase presente no desenho animado ThunderCats, que filosoficamente e na prática reflete a principal característica que um profissional de sucesso deve ter, já que a maioria só enxerga até onde os olhos veem. Assim, é fundamental o comprometimento com os estudos e a eficiência no trabalho, saber se comunicar e trabalhar em equipe, ter organização nas múltiplas tarefas e de tempo, aceitar os desafios e formar um ideal vencedor, não desperdiçar oportunidades e indicações, ficar atento às oportunidades profissionais, aos portais de relacionamento (Facebook, Twitter, Orkut, Myspace, LinkedIn, YouTube, Blogs) e as tecnologias atuais, além dos cuidados naturais com a saúde e o bem estar físico e mental. Procurar sempre ser o melhor naquilo que faz, de forma correta e honesta, com muita humildade e simplicidade, sem pisar em ninguém. Investimento diário na aquisição de livros e equipamentos, além de estudo e dedicação profissional. Aproveito também para sugerir a leitura de 20 dicas que também sigo, de um portal da internet.

- Na nossa reportagem de capa falamos sobre overqualified, termo que designa pessoas que possuem mais qualificação do que o exigido por uma vaga. Em algum momento a sua qualificação foi um empecilho para conseguir uma vaga? Ou sempre aconteceu o contrário, a qualificação foi um diferencial?

Nas instituições que tenho vínculo, todas sérias, nunca ocorreu da minha qualificação ser empecilho para o crescimento profissional. Aliás, quanto maior a titulação, melhores oportunidades, tanto no tribunal, quanto nos institutos e faculdades com os quais tenho vínculo. Agora, infelizmente, tenho conhecimento de que o overqualified tem sido empecilho para alguns colegas professores no magistério. O Ministério da Educação exige para credenciamento de um curso, dentre outras coisas, uma cota de doutores e mestres no corpo docente, mas esse número muitas vezes não é observado, em uma concepção de ensino como mercadoria, vez que algumas instituições preferem diminuir custos contratando profissionais com nenhuma ou pouca qualificação, em vez de investir em mestres e doutores. Certamente, referida visão não representa uma filosofia correta de mercado e de ensino. As instituições devem se igualar pela alta competição de qualificação e não o contrário. As instituições que não tiverem compromisso com a educação de qualidade vão sucumbir no mercado. Além de uma seleção natural, os órgãos de controle (MEC, CAPES, OAB, dentre outras) estão empenhados no fechamento de cursos sem o mínimo de compromisso com a qualidade do ensino e de seus profissionais. Assim, o conselho permanece, a máxima dedicação e a constante busca por melhores e maiores qualificações. “Visão além do alcance”, sempre.

27/08/2012

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