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Número 56 | 05/03/2013 a 02/04/2013

“Continuar a estudar sempre, pois esse foi o maior legado que meu pai me deixou”


'1- Fale um pouco a respeito da sua trajetória profissional, fazendo um breve histórico da sua carreira, formação e atuação no mercado de trabalho.

Fui aprovado no vestibular de 1978 da Faculdade de Engenharia da UFMG, no curso de Engenharia Civil, com 17 anos, e logo ao final do segundo período iniciei meu primeiro estágio profissional em uma grande obra predial, no setor de construção civil. No segundo ano, ingressei na Construtora Andrade Gutierrez, onde percorri todos os setores da empresa, além de estagiar em obras de canalização de córrego e implantação de vias urbanas, aeroporto, barragem e mineração. Participei, também, do controle de custos de obras em andamento em todo o país e na montagem de propostas técnicas e comerciais para fins de concorrência.

Ao final de minha graduação, devido à situação da economia, me desliguei da empresa e comecei a cursar a especialização em Engenharia Econômica na Fundação Dom Cabral, à época ligada à PUC/MG. Ao mesmo tempo, iniciei minha carreira como perito judicial, fato que foi se consolidando ao longo dos anos, até constituir a Precisão Consultoria (Avaliações, Perícias, Arbitragens e Negociações), em 1988, atividade que mantenho até os dias atuais, contando com a participação de outros colegas como sócios.

Em 1983, fui aprovado no vestibular de Direito, também na UFMG, tendo interrompido meus estudos nessa graduação em 1987, conseguindo retornar em 1995, e me formado naquela escola no ano de 1996, quando fui aprovado no Exame de Ordem, que me credenciou também como advogado, fundando, em seguida, um escritório com outros dois sócios, que perdurou até 2007, quando tomamos rumos diferentes e hoje sou sócio da Francisco Maia & Associados – Advocacia e Consultoria Jurídica.
Atualmente milito em ambas as áreas, com foco principalmente em consultorias judiciais na área da Engenharia, como árbitro em diversas câmaras arbitrais no país e ainda como advogado na área do direito imobiliário.

2- Como o investimento no curso de pós-graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia (IEC PUC Minas / IBAPE-MG) tem contribuído na sua carreira profissional? Como você pretende utilizar os conhecimentos dessa área?
 
Primeiramente eu quero dizer que fiz o curso de pós-graduação muitos anos após minha formatura, pois não tive a sorte dos jovens de hoje concluem um curso de graduação e possuem um programa pronto para enfrentar esse mercado. Ainda assim, posso garantir que foi de grande valia, pois representou uma ótima reciclagem para alguém que tinha uma ampla formação prática, mas nunca teve a oportunidade de ver os temas sistematizados como nesse curso.

3- Quais são os seus planos profissionais daqui para frente?

Pretendo continuar a escrever bastante, o que faço com muito gosto. Ampliar minha atuação na área imobiliária, onde hoje me associei em projetos juntamente com um fundo de investimento do qual meu filho é sócio. E continuar a estudar sempre, pois esse foi o maior legado que meu pai me deixou.

4- Dê dicas para os profissionais que, assim como você, querem se destacar no mercado de trabalho.

A princípio não sou adepto de receitas prontas, que soam como autoajuda, mas vou reproduzir o que ouvi de um grande profissional de nossa área, Joaquim da Rocha Medeiros Júnior, homenageado na primeira turma de pós-graduação do IBAPE/SP, ao ser indagado sobre o mesmo tema. “Façam sempre tudo com amor”. Além disso, entendo que o profissional deve pensar primeiro na qualidade do seu trabalho, pois o sucesso profissional, e também financeiro, vem como consequência.

5- Na nossa reportagem de capa falamos sobre a recolocação no mercado de trabalho, especialmente em momentos de crise. O senhor já passou por uma demissão e precisou buscar novas oportunidades? Em que contexto isso ocorreu e como o senhor agiu?

Em julho de 1983 o país atravessou talvez sua pior recessão, o que obrigou a empresa onde eu trabalhava a fazer uma ampla demissão de engenheiros e profissionais de nível superior. Como eu me formei exatamente nessa época, percebi que não haveria espaço para mim no quadro funcional, então procurei investir em educação, me matriculando no curso de Engenharia Econômica e, logo em seguida, no vestibular de Direito, pois esse é o maior patrimônio que uma pessoa carrega.
 

 

05/03/2013

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