Carlos Henrique da Silva Diniz está há 26 anos na mesma empresa. Nesse tempo, passou por vários cargos, áreas e projetos. Investiu nos estudos e em sua network. Também buscou ampliar a visão do todo, para fazer seu trabalho ainda melhor. Atualmente, é referência na organização. Para o futuro, ele pretende abrir o próprio negócio e lançar o livro que está escrevendo.

- Fale um pouco a respeito da sua trajetória profissional, fazendo um breve histórico da sua carreira e da atuação no mercado de trabalho.
Sou Analista de Sistemas na Cemig Distribuição SA. Comecei a trabalhar na empresa, em 1987, como estagiário de TI e, em 1988, fui efetivado como Programador de Computador. Era a época dos mainframes e trabalhei com linguagens como PL/I, CSP, ADS, ambientes como CICS, VM e bancos de dados como DB2, IMS, IDMS. Então veio o downsizing e com ele a microinformática. De lá para cá, trabalhei como Analista de Qualidade de Software, Arquiteto de Sistemas, Analista de Sistemas e Líder de Projeto.

Mais recentemente, fui Líder Técnico na implantação de uma metodologia de Gerenciamento do Ciclo de Vida de Aplicações e do produto Microsoft Team Foundation Server. Participo também de um projeto para implantação de uma metodologia de Gerenciamento de Portfólios de Projetos de TI e do projeto de implantação de Escritório de Processos na empresa.

- Como o investimento no curso de pós-graduação em Gestão de Tecnologia da Informação tem contribuído na sua carreira profissional? Como você pretende utilizar ou utiliza os conhecimentos dessa área?
O curso ajudou a ampliar minha visão da TI e meus horizontes. Disciplinas como Administração e Planejamento Estratégico, Gestão de Portifólios, Gestão de Processos Negócios, Aquisição e Contratação de Serviços, Auditoria de Sistemas, Business Intelligence, Gestão de Serviços de TI e Governança de TI nos levam a refletir e ver a TI de uma maneira global. É preciso ter uma visão focada em planejamento estratégico e em resultados. Para isso, é necessário planejamento, critérios claros e bem definidos, organização, métodos e processos, padrões, capacidade de tratar a informação, produzir conhecimento e reaproveitá-lo.

Toda esta parafernália de tecnologias e ferramentas, metodologias e padrões que precisa ser reunida e conectada. Essa junção não é fácil e mais difícil ainda é colocá-las para funcionar dando resultado. O curso, sem dúvida alguma, ajuda a formar o alicerce necessário para construir e lidar com esse mundo complexo.

E já estou utilizando os conhecimentos da área. Meu envolvimento com os projetos de Gerenciamento do Ciclo de Vida do Software, de Gerenciamento de Portfólios de Projetos e de Gestão de Processos de Negócio são provas dessa afirmação. Ainda há muito que fazer na empresa e no mercado e uso todo o aprendizado acumulado como apoio.

- Quais são os seus planos profissionais daqui para frente?
Faço parte de um grupo que pretende montar um negócio próprio no ramo de Tecnologia da Informação e estou escrevendo um livro voltado para um importante assunto relacionado à TI (espero ter condições de publicá-lo em breve). Além disso, busco concluir com sucesso os projetos em andamento na empresa em que atuo. Por hora já tenho bastante trabalho e desafios interessantes.

- Dê dicas para os profissionais que, assim como você, querem se destacar no mercado de trabalho.
Compartilhe informação, não a guarde com você; leia e estude muito, tudo muda a todo instante; lembre-se de que a empresa onde você trabalha é um motor composto de várias engrenagens, se uma não girar corretamente as outras também não irão; procure ver o todo; saiba ouvir mais e fale apenas o necessário; tenha espírito de equipe; seja humilde; tenha paciência: igual a você, só você mesmo; pratique um esporte, alimente-se bem e cuide da sua família. Preste atenção: ao contrário do que muitos dizem, nada do que você aprende no mundo das escolas é acadêmico demais para não ser aplicado no mundo das empresas.

- Na nossa reportagem de capa falamos sobre network. Como você cuida da sua rede de relacionamentos? Já conseguiu ganhos no trabalho ou na vida pessoal por meio de seu network? 
Obviamente começo por tratar e respeitar bem as pessoas, sem elas não há network. Participo de redes de relacionamento como LinkedIn e procuro participar de eventos e cursos, mas o que mais colaborou com o crescimento da minha network foi minha busca por passar a ter uma visão mais abrangente. Quando fiz isso, tive oportunidade de participar de projetos distintos, com áreas de negócios e fornecedores distintos.

Quanto aos ganhos, posso dizer que hoje conheço pessoas de vários estados do Brasil, de empresas diferentes, de ramos de negócios diferentes. Também sou visto hoje como uma das referências na empresa e muitas pessoas me procuram para ajudar na solução de problemas ou dificuldades. O engraçado é que elas ficam gratas pela minha ajuda só que quem aprende mais sou eu (risos).