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Número 62 | 01/10/2013 a 05/11/2013

A melhor situação é quando conseguimos aplicar os conhecimentos teóricos com os práticos.


Bruno Reis Bechtlufft atua como executivo comercial de uma multinacional, aos 28 anos. Graduado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gerenciamento de Projetos, pelo IEC PUC Minas, ele também já trabalhou na Microsoft e na Vale. Conheça este profissional que acredita que mudanças de emprego são sempre desafiadoras

- Conte um pouco da sua trajetória profissional, fazendo um breve histórico da sua carreira e da sua atuação no mercado de trabalho.

Tenho 28 anos de idade e pouco mais de oito anos de carreira no mercado nacional e internacional. Iniciei minha trajetória profissional numa pequena empresa de projetos culturais chamada “Sempre um Papo”, onde fui responsável pelo desenvolvimento dos projetos no interior de Minas Gerais e interações com o patrocinador, na época MBR, hoje Vale S.A. Após quase 2 anos de intensos aprendizados, tive a oportunidade de trabalhar fora do Brasil, em Portugal e na Inglaterra, e fui responsável comercial pela área de desenvolvimento de tecnologias de fala da Microsoft S.A..

Depois de um ano de experiência internacional, no qual vivenciei as melhores práticas de gestão e tecnologias, retornei para o Brasil e fui convidado a ingressar na GE Transportation, empresa responsável por fabricar locomotivas e projetos de sinalização de linhas ferroviárias. Lá, atuei como analista comercial, responsável pela área de projetos de sinalização férrea e administrava, com contratos com valores superiores a 150 milhões de reais. Depois de quase três anos na GE, recebi um convite para participar de um programa de excelência e desenvolvimento de novas lideranças na Vale S.A., em Belo Horizonte e Vitória. Era responsável pela parte de análise de mercado, competidores, principais clientes, monitoramento da performance da companhia e desenvolvimento de alguns indicadores financeiros para sustentação das diretrizes da empresa.

Atualmente sou executivo comercial da Petronas Lubrificantes S.A., desafio que aceitei em março deste ano, e trabalho com o planejamento da estrutura comercial da companhia. Em consonância com a direção executiva da empresa, faço parte do desenvolvimento do planejamento estratégico, políticas de atuação comercial, monitoramento da performance e desenvolvimento de soluções customizadas para clientes chaves da companhia.

- Como o investimento no curso de pós-graduação em Gerenciamento de Projetos tem contribuído na sua carreira profissional? Como você pretende utilizar os conhecimentos dessa área?

Sem dúvida, o mercado de trabalho exige e valoriza profissionais que constantemente se aprimoram no ramo acadêmico. O curso de pós-graduação em Gerenciamento de Projetos foi um diferencial em diversos momentos da minha carreira. Acredito que, mesmo não trabalhando diretamente com projetos, este curso me forneceu excelentes ferramentas para administrar situações específicas da rotina de trabalho e, principalmente, me fez enxergar que praticamente todos os aspectos do trabalho podem ser considerados “miniprojetos” e sua boa gestão diferencia o sucesso do fracasso.

- Quais são os seus planos profissionais daqui para frente?

Atualmente, tenho apenas sete meses de companhia e possuo um grande desafio profissional a ser percorrido. Como coordenador da área de planejamento comercial preciso implantar uma série de controles, estratégias e diretrizes que alavanquem os objetivos de crescimento da companhia no Brasil e, com isso, me vejo por muitos anos nesta companhia trabalhando na área comercial e me especializando cada vez mais nos segmentos industriais como Mineração, Siderurgia e Metal Mecânica.

Pretendo assumir uma gerência em alguns anos, fruto do meu trabalho e contribuição para que a Petronas se torne uma das principais empresas do Brasil no segmento de derivados do petróleo. Além disso, quero fazer outra pós-graduação, agora com foco na área financeira, e talvez daqui uns cinco anos defender uma dissertação de mestrado para conciliar, ainda mais, o mundo acadêmico com o corporativo.

- Você poderia dar dicas para profissionais que, assim como você, querem se destacar no mercado de trabalho.

Não existe uma receita de bolo para se destacar no mercado de trabalho de maneira fácil e rápida. O que eu sempre converso e indico é um conjunto de ações que devem ser cotidianas:
 
•Informação sobre todas as áreas da administração moderna: não importa se você gosta ou é especialista em uma área específica como RH, por exemplo. Temos que ler e nos informar sobre novas teorias, práticas e assuntos atuais de todas as áreas de conhecimento. Isso nos auxilia a ter uma visão ampla e entendimento das interações entre as áreas em momentos de tomada de decisão.

•Aprimorar constantemente na área acadêmica: estudar sempre é bem-vindo e nunca devemos deixar de fazê-lo. A melhor situação é quando conseguimos aplicar os conhecimentos teóricos com os práticos.

•Aprender com pessoas mais experientes: por mais que possamos achar que temos conhecimento em uma área nunca seremos os melhores. Existem sempre pessoas com mais experiências que nós e o aprendizado com elas é um excelente meio de evolução profissional.

•Autoconhecimento: a arte de gerenciar é conseguir resultados com e por meio de pessoas e melhor maneira de fazer isso bem-feito e de modo fácil e saber como é seu modelo e interação de gestão para que erros sejam minimizados. A evolução profissional começa quando sabemos as nossas fraquezas e quando nos esforçamos para melhorar estes pontos.

•Trabalho árduo: Por fim não existe melhor dica para crescimento profissional do que a de trabalhar muito! Dedicar sempre e ao máximo em qualquer tarefa é fundamental para o aprimoramento profissional.

- Na nossa reportagem de capa falamos sobre mudança de emprego. Quando você fez trocas na carreira, quais fatores procurou observar? Alguma vez acredita que a mudança foi negativa?

Mudanças de emprego são sempre desafiadoras, pois o ser humano tem medo e fica ansioso com tudo aquilo que é novo. Acredito que qualquer troca deva ser motivada pela insatisfação da situação atual, seja ela por qualquer motivo, e / ou pela oportunidade de melhorar as possibilidades de crescimento profissional. Quando fiz todas as minhas mudanças observei estes dois fatores e as trocas sempre foram motivadas por eles.

Acredito que nenhuma alteração de emprego é negativa, pois mesmo quando se observa que a decisão não foi a melhor, ainda é possível extrair pontos positivos para serem aplicados em outras situações que possam te valorizar.

 

26/09/2013

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