IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 80 | 01/10/2015 a 01/11/2015

Em dia com o Mercado

- Conte um pouco da sua trajetória profissional, fazendo um breve histórico da sua carreira e da sua atuação no mercado de trabalho.

Trabalho na indústria eletrônica desde 2003. Sempre quis ser engenheiro. Quando era criança queria ser engenheiro civil, pois meu pai é mestre de obras. No entanto, uma decisão que tomei na hora de escolher o curso técnico mudou a minha vida. Naquela época escolhi concorrer uma vaga na eletrônica, pois sempre gostei de desmontar algumas coisas de casa (tipo rádio, carrinhos) e tentar entender como elas funcionavam. Arrisquei naquela decisão, mas sempre me lembro de uma frase de um professor de meu curso técnico. “ A eletrônica é apaixonante...”, e realmente é!
 
Comecei a trabalhar na empresa Jabil do Brasil como estagiário de técnico em eletrônica que eu cursava no Cefet-MG. Após o período de estágio fui contratado, em 2004, como técnico de processos e pude começar minha graduação em Engenharia Eletrônica e de Telecomunicação na PUC-MG, sendo também transferido para a área de testes de placas eletrônicas, trabalhando como técnico de testes.

Entre 2004 e 2009, aprendi muito. Tanto na graduação quanto no trabalho, tive muitas oportunidades com treinamentos, viagens para outros países para introdução de novos produtos. Após concluir minha graduação em 2009, recebi a oportunidade de trabalhar como engenheiro de projeto na produção para um dos clientes da Jabil, sendo responsável pelas engenharias de manufatura, engenharia de testes, engenharia de processos e engenharia industrial. Nessa função, cresci muito, pois precisei aprender mais sobre engenharia de manufatura, área que até então ainda não havia trabalhado. Além disso, aprendi muito também na gestão das pessoas que comigo trabalhavam (técnicos e engenheiros), trabalhei nessa função entre 2009 e 2015.

Entre 2011 e 2012, fiz minha primeira pós-graduação em TV Digital pelo Inatel, pois havia uma grande expectativa nesse mercado de transmissores de TV.

Em 2014, eu procurava uma nova pós-graduação e encontrei um curso na PUC que me chamou a atenção, pois estava voltado para engenharia de qualidade e estatística.

Neste ano, recebi uma nova oportunidade na Jabil para trabalhar como gerente de célula de trabalho para o mesmo cliente que trabalhei como técnico de testes e engenheiro de projeto. Nessa nova função sou responsável por um time multifuncional (engenharia, qualidade, materiais, produção) que trabalha focado para atender as necessidades deste cliente (entrega, qualidade, custos)

- Como o investimento no curso de pós-graduação em M. Eng. em Engenharia da Qualidade contribuiu na sua carreira profissional? Como você utiliza os conhecimentos dessa área?

O curso M. Eng. em Engenharia da Qualidade me ajuda muito no dia a dia. O curso apresenta as ferramentas da qualidade, sistemas de gestão, ferramentas para desenvolvimento de produto e processo, confiabilidade, técnicas de decisão estatística, amostragem e controle estatístico de processo. A grande maioria dessas ferramentas é usada nas mais diversas empresas de diversos ramos e no meu dia a dia sempre trabalho com esses tipos de ferramentas e análise de dados para as tomadas de decisão.
 
- Quais são os seus planos profissionais daqui para frente?

Meus planos profissionais são: continuar aprendendo na nova função que comecei a atuar em março desse ano e em paralelo me certificar na ASQ (tanto na certificação CQE quanto Black Belt). Em um futuro mais distante, tenho desejo de trabalhar dando aulas em cursos técnicos em eletrônica ou mesmo engenharia.
 
- Você poderia dar dicas para profissionais que, assim como você, querem se destacar no mercado de trabalho?

As dicas que tenho são: se preparar sempre, continuar estudando e aprendendo novas coisas (tanto aprendizado acadêmico quanto profissional). Tudo no mundo está mudando muito rápido e temos que nos manter atualizados sempre.
 
- Na nossa reportagem de capa falamos sobre ansiedade dos profissionais, principalmente os que estão no início da carreira. Conte para gente como você lida com a ansiedade na sua profissão.

Creio que devemos nos preparar sempre antes de almejarmos novas oportunidades. Já presenciei alguns casos onde o profissional não estava preparado para o desafio recebido e acabou tendo grandes dificuldades (prejudicando sua imagem ou, em alguns casos, sendo desligado).

Quando eu era mais novo eu era mais ansioso, acho que isso é normal. Queremos atingir os nossos objetivos o mais rápido possível. Hoje entendo que precisamos de certa maturidade para grandes mudanças na vida, sejam elas profissionais ou pessoais. Minha sugestão para os mais novos é traçar um objetivo longo prazo (10 anos) e ir se preparando aos poucos para ter as oportunidades até chegar ao objetivo final. Objetivos de curto prazo podem frustrar o profissional quando não acontecem da forma imaginada.


E você, se considera um profissinal ansioso? Leia nossa matéria principal e veja algumas dicas para superar a ansiedade em diversos momentos da carreira.

Boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da Diretoria de Educação Continuada da PUC Minas

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