E depois dos 40? Como fazer?
Aos 40 anos, é muito provável que o profissional já tenha adquirido inúmeras experiências e habilidades que culminam em um acervo respeitável em relação à sua área de atuação. Nesta fase, o mais normal é que a pessoa esteja colhendo os frutos de sua formação e trajetória.
No entanto, uma recente pesquisa da DBM, empresa de recolocação de executivos de São Paulo, aponta que profissionais entre 40 e 50 anos são os que mais desejam mudar. Independentemente da motivação, é necessário observar alguns pontos antes de tomar essa iniciativa. Nossa coluna pesquisou o que os especialistas recomendam para o profissional desta faixa etária que deseja abandonar sua carreira e partir para uma nova empreitada. Abaixo, listamos os pontos comuns mais citados por eles*:
- Buscar o máximo de informação no mercado para entender o gap que há em relação à nova área é essencial. Isso pode ser feito de várias formas e, para a maioria dos consultores, a experiência de contar com um coach tem sido a mais proveitosa;
- Possuir um amplo entendimento de você mesmo, de suas experiências e habilidades, além da compreensão das motivações o levaram a optar por outro rumo permite que o novo empreendimento não se torne, mais adiante, frustrante e desestimulador;
- A atualização do currículo é a mais citada entre aqueles que entendem do assunto: é unânime a premissa de que sem cursos de aperfeiçoamento, seja a pós-graduação, mestrado profissional ou até mesmo cursos livres, é praticamente inviável promover esta mudança;
- As despesas daqueles que já se despediram dos 30 anos, em geral, representam boa fatia do salário. Tenha em mente que uma transição de carreira gera custos que devem ser considerados. É importante verificar se há recursos próprios suficientes para passar pela fase do aprendizado. Isso irá definir se é melhor deixar o atual trabalho e se dedicar plenamente à construção do sonho, ou ir de forma mais gradual, sem abandonar o emprego.
- Uma boa forma de se planejar é manter um plano B na manga: ter e cumprir prazos para vencer as etapas (nova formação, pesquisa de mercado, levantamento de empresas para se trabalhar ou levantamento de empresas similares – caso o desejo seja se tornar empreendedor) ajudam no momento de “jogar tudo para o alto”;
- Valorizar o networking: participar de eventos, palestras, seminários ajuda a consolidar a sua nova rede de relações em sintonia com a área que deseja atuar;
- Saber usar o que a idade traz de mais proveitoso: a experiência e a capacidade de avaliar as situações de maneira mais serena. A compreensão de que a trajetória anterior lhe conferiu habilidades importantes é decisiva na hora de montar o seu novo currículo, por exemplo.
Para ler antes, durante e depois de mudar de carreira:
"Qual é a tua obra? - Inquietações propositivas sobre ética, liderança e gestão"
Mario Sérgio Cortella (Ed. Vozes)
"Como encontrar o trabalho da sua vida"
Roman Krznaric (Ed. Objetiva)
“Sonhos não têm limites"
Ignácio de Loyola Brandão (Ed. Gente)
"Felicidade S.A. - Por que a satisfação com o trabalho é a utopia possível para o século 21"
Alexandre Teixeira (ED. Arquipélago)
* A coluna pesquisou os seguintes sites e blogs: Exame, Na Prática, Guia de Carreiras G1, Uol Economia, SLA Coaching, Coluna Max Gehringer, Pequeno Guru, Sbie – Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional, entre outras.
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