IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 85 | 02/05/2016 a 02/06/2016

Fala, Professor!

Como se livrar do workaholic que existe em você

A origem da palavra antecipa: workaholic  é uma expressão americana originada no termo alcoholic (alcoólatra) e serve para designar uma pessoa viciada, não em álcool, mas em trabalho. Mas, afinal, você é capaz de identificar o que separa um trabalhador compulsivo de um trabalhador que trabalha com afinco? Existem diferenças entre esses dois tipos? Quais são elas?

Para a psicóloga especializada em Recursos Humanos, Dra. Carmen Fonseca, o principal fator que distingue o workaholic do trabalhador “comum” não é o número de horas trabalhadas, mas a qualidade de vida do sujeito quando não está envolvido com as atividades profissionais. Para ela, “ambos se esforçam e são produtivos, mas o workaholic é geralmente estressado e não abre espaço para o lazer, recorrendo ao trabalho para se esconder dos problemas da vida, por exemplo. O outro, mesmo que trabalhe muito, mantém o entusiasmo durante a semana para realizar suas obrigações, mas não deixa de lado a sua vida particular”.

Pensando na tênue divisa que separa dois universos tão distintos, elaboramos* uma lista com o objetivo de auxiliar o trabalhador compulsivo a abandonar este vício:

1) Identificar e buscar ajuda: assim como há vários tipos de vícios, há também vários níveis de dependência. Desta forma, o primeiro passo para tratar do problema é identificá-lo para, então, buscar ajuda. Dependendo do nível da disfunção, o melhor é partir logo para a terapia. Este profissional saberá avaliar a necessidade de uso de medicamentos, por exemplo. No entanto, nada impede que você tente alguns dos passos a seguir:

2) Pequenas paradas durante o dia: geralmente, o workaholic tem dificuldade de se desligar do trabalho e, por isso, de nada adianta a pressão externa vinda de familiares ou amigos com o imperativo de que você precisa relaxar. O mais indicado é começar por pequenas pausas de 10 a 15 minutos, tantas vezes forem possíveis durante o dia. Aos poucos, seu corpo passará a se habituar e a exigir de você esses intervalor até que seja possível usufruir dele durante mais tempo;

3) Estabelecer e cumprir uma rotina: estipule uma hora de saída do ambiente de trabalho e combine consigo quais as exceções são permitidas. Se possível, informe a alguém próximo da sua decisão e peça para a pessoa te ajudar em momentos delicados; 

4) Realize atividades de outras naturezas: que tal combinar uma caminhada com um amigo depois do trabalho? Ou agendar um encontro semanal com sua mãe ou filho? Inicie com práticas de curta duração e, sempre que possível, deixe o celular em casa ou desligado;

5) Você, você, você: dedique-se a ser a sua melhor companhia. Garantir um tempo de qualidade sozinho aumenta a capacidade criativa e de concentração, além de colocá-lo em sintonia com seus desejos e projeções de uma maneira saudável e sem pressões;

6) O tempo como aliado: pode parecer estranho, mas aprender a relaxar requer prática e a adaptação acontece devagar e gradualmente. Toda e qualquer mudança necessita de tempo para se tornar um hábito. Por isso, assuma o comando de sua mente, bloqueando os pensamentos negativos relacionados ao trabalho ou a demandas que parecem urgentes. Esta transformação não é da noite para o dia, mas vai acontecer, acredite!

* com a colaboração da Dra. Carmen Fonseca

Boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da Diretoria de Educação Continuada da PUC Minas

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