IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 99 | 01/10/2017 a 02/11/2017

Destaque

Experiência Internacional

Experiência Internacional

Trilhar uma carreira internacional ou mesmo ter uma experiência no exterior. Você já pensou nisso? O resultado pode ser muito enriquecedor! Convidamos a coordenadora do curso de Design de Interação, Simone Nogueira, para contar sobre a experiência dela ao fazer um mestrado em Design em Londres, na Inglaterra.

- Quando decidiu fazer o mestrado fora do país?

Desde o período que eu estava na graduação eu já planejava fazer o mestrado e, como a minha formação é em Design e não havia na época muitas opções de cursos Stricto Sensu nesta área no Brasil, eu já planejava fazer o curso no exterior. Na época eu tinha 20 anos de idade, mas só foi possível fazer o que planejei aos 34 anos.

- Como surgiu essa ideia de fazer o mestrado em Londres?

Eu tive uma professora na graduação que tinha acabado de fazer o mestrado em Design em Londres e que compartilhou com a nossa turma um dia em sala de aula toda a experiência que ela teve. Neste mesmo dia eu disse para mim mesma que se eu fosse fazer o mestrado no exterior, teria que ser em Londres.

- Você já tinha feito outra especialização antes?

Sim, em Arte e Educação, pela UEMG. Foi muito importante ter feito uma especialização antes de fazer o mestrado, pois penso que fui mais preparada, academicamente falando, para estudar fora do país.

-  Como foi o processo de buscar o mestrado/ passar no processo de seleção/ se organizar para passar essa temporada fora?

Não foi fácil, pois foram muitas etapas para conseguir chegar em Londres. Primeiro, buscar financiamento. Na época eu concorri a duas bolsas, e felizmente fui selecionada para uma, a do Alban, um programa da Comunidade Europeia voltado para a comunidade Latino Americana que durou por 10 anos. O processo de seleção de uma bolsa de estudos é longo (foi aproximadamente 1 ano) e demanda muita dedicação, pois precisamos levantar diversos documentos, provar que temos a vaga na universidade que pretendemos estudar, fazer a prova e obter a nota suficiente no IELTS (teste de inglês), ter o apoio de vários ex-professores para as cartas de referência etc. No meu caso tive muito apoio dos colegas professores da universidade para a preparação da documentação e também da PUC Minas, e isso foi fundamental, pois eu já era professora da universidade. Em relação ao processo de seleção na universidade inglesa, não foi muito difícil, pois o processo foi feito todo via Internet, com contato direto com o coordenador do curso. As universidades inglesas estão muito preparadas para receber alunos estrangeiros e, por isso, possuem ótimos sistemas web para que o processo seja realizado todo a distância. Depois que fui selecionada para a bolsa (e foi uma alegria enorme!), eu precisava me preparar para ir. O visto é outra etapa, pois você precisa ter o visto como estudante e para isso você precisa provar para o consulado que você tem a bolsa e a vaga na universidade. Depois tive que preparar a parte financeira, pois a bolsa não cobria todas as despesas, e organizar a estadia na cidade. Enfim, foi um longo caminho, mas um ótimo aprendizado. Quando cheguei em Londres eu lembrei de mim com 20 anos de idade na sala de aula na graduação...


- Quais os benefícios que essa experiência trouxe para sua carreira?

São vários, pois precisamos pensar nos ganhos profissionais, mas nos pessoais também. Financeiramente dizendo, como eu já era professora da PUC Minas, eu passei de professora assistente II para IV. Mas o maior ganho na carreira foi na ampliação das minhas ações dentro da universidade. Com o aprendizado que adquirimos ampliamos muito as nossas oportunidades e áreas de atuação.
No ganho pessoal, eu sempre digo que podemos perder muita coisa na vida, inclusive o emprego, mas as experiências ninguém nos tira. Viver fora do Brasil foi poder descobrir outras maneiras de viver, inclusive em outras maneiras de dar aula, pois como aluna em uma universidade inglesa eu pude vivenciar o universo acadêmico e aprender muito nesse sentido.

- Poderia dar dicas para pessoas que também desejam ter uma experiência como a sua? Quais seriam os primeiros passos?

A primeira dica é, se você quer muito estudar fora do país, vá! Arrume forças para passar por todas as etapas e vá. Cada caso é um caso, então, não temos como saber se essas etapas serão mais difíceis ou mais fáceis.


A segunda dica é, pesquise muito sobre bolsas de estudo, as universidades (inclusive as públicas), os cursos, o país e a cidade que pretende ir, os preços. Converse com ex-alunos do curso que pretende fazer, com pessoas que moram na cidade. Com a internet é muito fácil fazer isso. Penso que é importante ter o pé no chão e ter clareza dos seus objetivos. Às vezes fantasiamos muito sobre o que é morar no exterior e achamos que será tudo perfeito. Conhecendo antes sobre onde você está indo pode te ajudar a viver melhor no lá.

Boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da Diretoria de Educação Continuada da PUC Minas

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