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Brincando de boneca

A curiosidade e a disposição de sempre aprender algo novo foi o que motivou Ana Maria de Oliveira, auxiliar administrativo da Infraestrutura e responsável pelo almoxarifado da Unidade Praça da Liberdade, a desenvovler, nas horas vagas, seus trabalhos com folhas de E.V.A. (um material maleável, com textura emborrachada). “Um dia, estava no centro de Belo Horizonte e vi em uma loja uma boneca com o vestido feito de E.V.A. e fiquei encantada. Fui lá, comprei uma e comecei a desmontá-la, para ver como ela era feita”. A partir daí, Ana começou a fazer as suas bonecas, aprimorando a técnica utilizada no outro produto.

Para conseguir os insumos para a produção, Ana recorre às lojas da Galeria Ouvidor. “Lá eu compro as bonecas e as folhas de E.V.A. do modelo e cor que preciso para fazer os vestidos”. Ela ainda revela, satisfeita, que as bonecas também são, em parte, feitas com produtos recicláveis. “Utilizo garrafas PET para fazer a base das bonecas e dos vestidos”, comenta.

Para dar conta das produções individuais e das grandes encomendas, Ana utiliza as suas horas livres e finais de semana para se dedicar aos trabalhos. Morando com a mãe e um sobrinho, ela não abre mão do auxílio da família na hora de produzir. “Quando tenho muitas peças para entregar, chamo todo mundo, inclusive uma irmã, para me ajudar”, diz.

Além das bonecas, Ana também é uma bordadeira de mão cheia. Ela conta que sua história com o crochê começou há anos, quando ainda morava em sua cidade natal, Aimorés (MG). “No interior não há muito o que fazer, é tudo muito parado. Eu queria começar a fazer alguma coisa para conseguir dinheiro e ajudar meus pais e meus irmãos. Foi aí que conheci o crochê. Aprendi apenas olhando os outros e fazendo”, diz orgulhosa. Entre as peças que mais produz estão os tapetes e caminhos de mesas.

Inquieta, ela não pensa em parar de produzir esses trabalhos. “Sou muito ansiosa e não consigo ficar parada. Quando estou em casa, sempre procuro alguma coisa para fazer. As bonecas e o crochê são uma terapia para mim”, reflete.

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