BEM-ESTAR LADO B EM DIA COM RH GERAIS GENTE NOVA ANIVERSÁRIOS CADÊ VOCÊ? POR DENTRO DA PUC MEMÓRIA VIVA POR DENTRO DA PUC

:: Voltar à primeira página do informativo ::

A história da escola de cinema

Em fins dos anos de 1950, o Brasil abre as portas para os Cineclubes. Em Belo Horizonte, forma-se a Federação de Cineclubes da cidade. À época, frei Urbano, membro dessa federação, propõe ao reitor da então Universidade Católica de Minas Gerais, Dom Serafim Fernandes de Araújo, a criação do Curso de Cinema. Aceita a ideia, o primeiro vestibular para o curso fora idealizado para outubro de 1961. Naquela primavera, Dom Serafim escolhe o padre Edeimar Massote para elaborar o currículo do curso. Projeto e currículo foram apresentados em reunião entre a Federação de Cineclube e a Universidade. Depois de aprovados, cria-se, oficialmente, a Escola de Cinema da UCMG, denominada, mais tarde, Escola Superior de Cinema, tendo como seu primeiro diretor o padre Massote. Na inauguração do curso, o cineasta mineiro Humberto Mauro esteve presente e exibiu seu filme O descobrimento do Brasil. A iniciativa da Universidade seria comentada pela imprensa como importante inovação no cenário educativo e cultural do país. 

Em meados da década de 1960, seguem-se momentos marcados por algumas divergências entre a diretoria, professores e alunos. Em fins deste mesmo ano, o Diretório Acadêmico do curso apresenta pauta para discussão. Foram pontos contemplados: a legalização da Escola Superior de Cinema, reconhecimento oficial do curso; aprovação do regimento interno pelo Conselho Estadual de Educação, contrato legal dos professores, estabelecimento de um currículo funcional legal, correspondendo às realidades do ensino de cinema e nomeação de um novo diretor. A reunião transcorre tranquila e novos tempos começam.

Próximo ato: um momento de transição

A despeito das dificuldades, Dom Serafim, reitor em exercício, orientado pelo serviço e visão da igreja no que diz respeito à educação, estava interessado na implantação de uma escola de comunicação e vê na Escola Superior de Cinema a estrutura para isso. Contrata, então, Lélio Fabiano dos Santos, que fizera pós-graduação na França, na Universidade de Paris, para elaborar o projeto de implantação da faculdade. Logo depois, Dom Serafim encaminha oficio ao Conselho Federal de Educação solicitando alteração do artigo 134 do estatuto da UCMG, com a transformação da Escola de Cinema em Faculdade de Comunicação, a qual fora inaugurada em 1º de março de 1970.

Sob a orientação do extinta Escola Superior de Cinema, cursos de extensão foram abertos em Belo Horizonte e interior, e validados pela Faculdade de Comunicação. A década de 1970 foi profícua para a Faculdade, que Investiu na formação de professores, firmou parcerias, atuando, também, de forma significativa, no ramo da publicidade. Ademais, houve a montagem dos laboratórios de rádio e TV. No setor jornalístico, o laboratório começou a editar, diariamente, boletim interno para a Faculdade e o setor de Publicidade e Propaganda fez diversas campanhas publicitárias, entre as quais, a Campanha da Bíblia, solicitada pela Arquidiocese de Belo Horizonte. 

Nos anos seguintes, a faculdade enfrenta problemas financeiros, reflexos de uma crise maior que marcava a realidade nacional. A saída para a Universidade foi a departamentalização dos cursos, a Faculdade de Comunicação transforma-se no Departamento de Comunicação, ligado ao Centro de Ciências Sociais.

Atualmente, a Faculdade de Comunicação e Artes reúne os cursos de graduação em: Cinema e Audiovisual, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas, além de um corpo docente expressivo de doutores e mestres e grande número de alunos. Curso pioneiro no Brasil, conta, ainda, com Programa de Pós-Graduação. Presente em Belo Horizonte e no interior, foi responsável pela formação de grandes e premiados comunicadores que, hoje, atuam em conhecidas emissoras, dentro e fora do país. Possui, igualmente, parcerias com empresas fundamentais no ramo da comunicação, “tendo também como possibilidade de prática a PUC TV Minas e a rádio online”.

Em sua bela história, trajetória de caminhos diversos e de crescimento vertiginoso, marcada por percalços sempre superados com profissionalismo e dedicação, a antiga Escola de Cinema deu origem a um mundo de imagens, sons, arte. Luzes que clarearam vidas, ações, e possibilitam o trabalho com a informação de maneira ética e responsável.

Texto da professora Silvia Rachi, do Departamento de História e coordenadora de Pesquisa do Centro de Memória e de Pesquisa Histórica da PUC Minas.

Equipamentos usados no Curso de Cinema

:: Volta ::

Secretaria de Comunicação | Recursos Humanos