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Mata da PUC Minas é um importante reduto de conservação ambiental

Gambá-de-orelha-preta, mico-estrela, coruja-orelhuda, sabiá-poca, bem-te-vi. Vez ou outra um desses visitantes aparecem nos jardins do Campus Coração Eucarístico. Eles são parte da fauna que habita a Mata da PUC, reserva de mata nativa secundária de aproximadamente 66 mil m^2. A mata está localizada nos limites do Complexo Esportivo e Museu de Ciências Naturais, se estendendo até o bairro Minas Brasil. “Todos esses animais têm seu papel e são elementos importantes para o ecossistema do local. O sabiá, por exemplo, dispersa sementes. O bem-te-vi controla a população de insetos e a coruja é predadora de ratos”, explica o professor Bruno Garzon, pesquisador do Museu de Ciências Naturais.

O espaço é um reduto de conservação ambiental e um privilégio para os moradores da região. “As florestas urbanas favorecem a melhoria da qualidade de vida nas cidades de diversas maneiras com a diminuição da poluição atmosférica, diminuição da poluição sonora, além de amenizar o clima local”, explica a professora Maria de Fátima Starling, professora do Instituto de Ciências Biológicas e curadora do Herbário do Museu de Ciências Naturais. “Além disso, a vegetação em espaços urbanos tem uma função estética, ecológica, proporciona ainda benefícios sociais, agindo como fator de equilíbrio psicológico, uma vez que atua  na melhoria da qualidade de vida da população”, completa.

Devido à importância ambiental, o espaço é utilizado como laboratório para pesquisas do Mestrado em Zoologia dos Vertebrados, práticas investigativas e aulas do Curso de Ciências Biológicas e atividades de Educação Ambiental do Museu de Ciências Naturais.

 

Um pouco da história

A área hoje conhecida como Mata da PUC, antes era a Fazenda Pastinho, uma propriedade que Dom Antônio dos Santos Cabral, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte à época, adquiriu para estabelecer o Seminário Eucarístico de Jesus. Parte desse seminário foi transformada na Universidade Católica de Minas Gerais, atual PUC Minas.

Em 2001, parte da área ocupada pela Mata da PUC Minas passou para o domínio do Município como espaço livre de uso público, por suas características e pela tipicidade da vegetação, sendo identificada como Zona de Preservação Ambiental no processo de regularização fundiária do Campus, permanecendo sob a tutela da Universidade.

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