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Vacinação: ato de cuidado e amor

Desde sua criação, no século XVIII, as vacinas foram responsáveis pelo combate a inúmeras doenças. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), embora o Brasil seja reconhecido internacionalmente por seu Programa Nacional de Imunizações (PNI), sendo um dos poucos países que oferecem acesso gratuito à população, a cobertura vacinal tem registrado queda, principalmente nos calendários infantis. Segundo o MS, mais de 300 milhões de doses anuais de imunobiológicos, entre vacinas, soros e imunoglobulinas, são disponibilizadas à população. Ainda assim, muitas pessoas se esquecem ou dão pouca importância para esta medida preventiva. “Ao vacinar a população, diminuímos a incidência de determinada doença. À medida que toda a população vai sendo imunizada, os índices caem, até que nenhum caso seja mais registrado, pois toda a população estará protegida”, afirma Henrique Leonardo Guerra, médico especialista em Medicina Preventiva e Social, com ênfase em Epidemiologia, chefe do Departamento de Medicina da PUC Minas e professor nos campi Betim e Contagem.

“O amor faz a gente cuidar das pessoas. E vacinar é um ato de cuidado, de amor”, reflete Cleodinéia de Assis, de 48 anos, auxiliar administrativa do Campus Contagem. Aos dois anos de idade, ela foi diagnosticada com poliomielite, doença grave que poderia ter sido evitada com uma simples gota: a vacina oral Sabin, que foi popularizada no Brasil com a campanha do Zé Gotinha. “No meu cartão de vacina não havia quase nenhum registro de doses. Meus pais trabalhavam e eu era cuidada pelos meus irmãos. Após três dias de febre alta, fui levada ao hospital”, conta. Cleodinéia ficou internada dos dois aos sete anos de idade, saindo do hospital em poucas ocasiões. Apesar do tratamento intensivo, a doença deixou sequelas: um encurtamento de cinco centímetros na perna direita, que também é mais fina, o que causa dificuldade de locomoção. “Quem escolhe não vacinar não pensa no próximo. Uma doença não afeta somente a vida da pessoa, mas de toda a família”, afirma. “Hoje, tenho três filhos. Todos com o cartão de vacina em dia, porque sei sobre a importância. E também orientei a vacinarem os meus netos”, ressalta.

 

Surto de sarampo alerta para a importância da vacinação

Neste ano, devido à queda na cobertura vacinal, somada ao aumento da imigração na região Norte do país, o Brasil perdeu o certificado de país livre do sarampo. De acordo com o último informe do Ministério da Saúde, publicado em 19 de março de 2019, até o momento, no Brasil, além dos surtos nos estados do Amazonas e de Roraima, que registram, respectivamente, 9.808 e 361 casos, nove Unidades Federadas também confirmaram casos da doença: 102 no Pará, 46 no Rio Grande do Sul, 20 no Rio de Janeiro, quatro em Pernambuco e Sergipe, três em São Paulo e na Bahia, dois em Rondônia e um no Distrito Federal, totalizando 10.354 casos confirmados de sarampo no Brasil, entre 2018 e 2019.

Em Minas Gerais, apesar de não haver registros de casos confirmados nos últimos anos, o número de mineiros que não estão imunizados traz um alerta. De acordo com estimativas da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), três milhões de pessoas, entre um e 49 anos, não receberam a primeira dose da vacina Tríplice Viral – que protege contra o sarampo, rubéola e a caxumba. Além disso, a SES também estima que 5,5 milhões de pessoas não tomaram a segunda dose da vacina.

“A ocorrência de doenças tidas como controladas, como, por exemplo, o sarampo, tem sido observada nos Estados Unidos, Japão, Brasil e em países europeus. Provavelmente, os movimentos antivacina têm responsabilidade na redução das coberturas vacinais nesses países, com consequente ressurgimento das doenças infectocontagiosas. Tais consequências podem ser desastrosas, com o aumento da mortalidade não somente de crianças, mas também da população adulta. Seria um verdadeiro retrocesso em termos de saúde pública”, aponta a médica Angélica Gomes, do Posto Médico do Campus Contagem.

 

A médica alerta para os principais sintomas do sarampo. “As pessoas devem ficar atentas à febre alta, dor de cabeça, tosse, manchas vermelhas que surgem primeiramente no rosto e atrás das orelhas, conjuntivite e manchas brancas que podem aparecer na mucosa bucal”, explica Angélica, que ressalta a vacina como a melhor medida preventiva. Outras, entretanto, podem ser somadas, já que a transmissão do sarampo é semelhante à da gripe. “Proteger o nariz e a boca, lavar as mãos com água e sabão e higienizar com álcool gel 70%, além de evitar contato com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença, são medidas preventivas complementares”, orienta.

 

Campanha contra gripe

Com a chegada do inverno, caracterizado pelo tempo frio e seco, há aumento na incidência de doenças respiratórias, como a gripe. Comumente confundida com resfriado por causa dos sintomas semelhantes, a gripe requer mais atenção. Transmitida pelo vírus Influenza, a doença ataca as vias respiratórias e, caso não tenha tratamento adequado, pode ser fatal.

O Brasil registrou, em 2018, aumento de 194,4% no número de mortes por gripe em relação ao mesmo período de 2017: foram 839 mortes por complicações por influenza, como pneumonias. No total, foram 4.680 casos de infecções em todo o país. “Estudos demonstram que a vacina pode reduzir de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza”, afirma Angélica Gomes.

Neste ano, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe foi antecipada e acontece desde o dia 10 de abril, com término no dia 31 de maio. No dia 4 de maio ocorrerá o “Dia D” de vacinação, quando os postos funcionarão no sábado, das 8h às 17h. Crianças de até seis anos, gestantes, puérperas, idosos, professores, doentes crônicos, indígenas, detentos e trabalhadores da área de saúde são considerados grupos prioritários.

Entre os dias 6 e 13 de maio acontece vacinação contra a gripe nos campi e unidades da Universidade. Confira aqui as informações.

 

De olho no cartão de vacina

Corroborando com a importância de manter o cartão de vacina em dia, os Postos Médicos das unidades e campi da PUC Minas realizam um trabalho de atualização e controle do documento dos colaboradores. “Esta medida busca registrar no prontuário e atualizar as vacinas em atraso de funcionários e professores, já que a vacinação é o melhor meio de prevenir doenças. O calendário adulto precisa ter vacina contra febre amarela (uma dose), sarampo/rubéola/caxumba (duas doses até 30 anos e uma dose de 31 a 50 anos), difteria/tétano (atualização a cada dez anos), hepatite B (três doses ou anti-HBs positivo nos exames de rotina)”, aponta a médica Angélica Gomes.

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