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Nova espécie extinta de preguiça gigante foi descoberta pelo paleontólogo do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas e professor da Universidade, professor Cástor Cartelle Guerra, juntamente com a equipe do Museu, e também por Gerardo De Iullis, paleontólogo do Museu Real de Ontário (Canadá), Alberto Boscaini e François Pujos, ambos do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica (Conicet) da Argentina. O artigo com a descrição da espécie foi publicado no Journal of Systematic Palaeontology, uma das principais revistas de paleontologia do mundo, e pode ser lido no link.
Segundo o professor da PUC Minas, o animal tem porte médio, do tamanho de um boi, e é uma forma intertropical diferente das primeiras espécies encontradas no sul da Argentina, e depois nos Estados Unidos. “Essa descoberta mostra a adaptação de espécies pelos trópicos. Com base nos fósseis encontrados, muito provavelmente esse animal vivia em São Paulo e subiu para Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Pernambuco e Paraíba, e foi até a Venezuela, sem ultrapassar os Andes. Essa espécie é importante para a ciência porque amplia o conhecimento de algo tão peculiar na América do Sul, que são as preguiças, que têm origem sul-americana, mas migraram para o norte”, explica Cartelle, que conta que a descoberta é fruto de 20 anos de pesquisa, intensificada nos últimos quatro anos.
O animal recebeu o nome de Glossotherium phoenesis em homenagem aos funcionários, professores, alunos e técnicos do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas que contribuíram com a recuperação do local após incêndio ocorrido em 2013, que destruiu parcialmente seu acervo. Cartelle explica que Glossotherium é o nome genérico do animal, que não pode ser mudado, e que a nova espécie descoberta foi denominada phoenesis, em referência ao pássaro fênix, que segundo a lenda grega ressurgia das próprias cinzas.
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