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Sipat 2019: vários temas em debate

A Semana de Prevenção de Acidentes de Trabalho 2019 (Sipat) aconteceu no Campus Coração Eucarístico na última semana de maio. O evento trouxe discussões para os funcionários relacionadas à saúde, segurança no trabalho e sustentabilidade.

Entre os temas relacionados à saúde, a psicóloga Clotilde Nunes abordou a depressão, seus sintomas, causas e importância do tratamento, em palestra no dia 23 de maio. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos próximos sete anos, cerca de 700 milhões de pessoas serão afetadas pela depressão. Por isso, disse ela, é extremamente necessário discutir a respeito, para que as pessoas sejam informadas sobre o assunto e saibam identificar os sintomas para buscar ajuda.

Um dos principais tópicos abordados pela palestrante foi a diferença entre a depressão e tristeza, que podem ser confundidas. Clotilde enfatizou que a tristeza é algo natural e que faz parte da vida, contudo, é passageira. Já a depressão é uma tristeza que dura mais tempo e atrapalha a rotina da pessoa acometida pela doença. Além de uma profunda tristeza, os outros sintomas são ausência de prazer e interesse, baixa autoestima e alterações no sono e apetite, que podem aumentar e diminuir.

Qualquer pessoa pode ter depressão, observou Clotilde. Não se deve ter preconceitos sobre o assunto e é fundamental buscar ajuda o quanto antes, para que possa ser tratada desde o início. Quanto mais tempo o tratamento demorar a começar, mais difícil é de ser feito, e pode evoluir para quadros bem graves e que levam até mesmo ao suicídio. De acordo com Clotilde, ainda que o suicídio não seja abordado pela mídia, é importante que as pessoas pensem e falem sobre isso. Além de casos extremos que levam ao autoextermínio, a depressão também pode causar dependência a álcool, remédios e outras drogas.

Clotilde ainda abordou a relação entre estresse e depressão, uma vez que ambos podem acontecer pela pressão social, competitividade no ambiente de trabalho, dificuldades financeiras, entre outros problemas. Ela também citou a Síndrome de Burnout que, apesar de muitas vezes ser diagnosticada como uma depressão, tem seu gatilho relacionado à vida profissional.

Para a psicóloga, um indivíduo saudável é aquele que está em equilíbrio no campo biológico (relacionado a condições físicas), psicológico e social (que se refere à vida do indivíduo de forma geral, como trabalho, família e círculo social). É importante, portanto, que a pessoa esteja com todos os campos em bom funcionamento para que tenha uma vida plena e saudável.

 

Lazer e trabalho

Também relacionando os temas saúde e trabalho, a professora do Curso de Educação Física Vânia Noronha, abordou a importância do equilíbrio entre trabalho e lazer para que as pessoas possam se manter saudáveis. “Ambos são essenciais e devem receber igual atenção”, explicou Vânia. Para a professora, o trabalho é fundamental para ganhar dinheiro, mas o lazer faz bem para a alma e torna o cidadão mais crítico.

A professora frisou que o lazer é um dever constitucional desde 1948, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu diversos países, inclusive o Brasil, para assinar a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Sendo assim, é papel do Estado garantir que todo o cidadão tenha acesso ao lazer de forma gratuita. Contudo, ainda que o investimento cultural não seja o foco do governo, é importante que cada pessoa busque formas de obter lazer. A professora pontuou que o lazer pode vir através de livros, danças e teatro, por exemplo, e que existem diversas atividades disponíveis em Belo Horizonte. O indispensável é que cada pessoa encontre sua forma de sentir prazer no tempo fora do trabalho, observou ela.

 

Universidade sustentável

Ainda desconhecido por muitos funcionários, o DCBio, projeto de extensão que tem por objetivo trabalhar ações em prol de uma universidade sustentável, mantém diversas iniciativas no Campus Coração Eucarístico e outras Unidades. O projeto foi apresentado pelo biólogo e funcionário do DCBio, André Rocha Franco, que destacou a importância da participação de todos por um planeta mais sustentável. “Somos todos corresponsáveis pelo consumo dos bens naturais não-renováveis. Precisamos nos conscientizar sobre isso para que seja possível modificarmos nosso comportamento”.

Motivada a contribuir pela sustentabilidade, a equipe do DCBio mantém diversas iniciativas relacionadas aos eixos de atuação do projetos que são Água e Recursos Hídricos, Biodiversidade e Consumo, Clima e Energia, Comunicação e Gestão e Resíduos Sólidos. Entre as ações estão a instalação e manutenção de horta orgânica dentro do Campus Coração Eucarístico e na PUC Minas Virtual, monitoramento e captação da água de chuva para uso na irrigação da horta e recuperação de nascentes que já existiram na região.

Merece destaque entre as ações a composteira, onde é feita a compostagem de matéria orgânica, uma alternativa eficiente e de baixo custo de destinação de resíduos, pois aproveita a matéria orgânica do local onde o lixo foi produzido, sem os gastos de deslocá-lo para um local específico, além de contribuir com a redução de gases do efeito estufa, que tem como um dos principais causadores desse fenômeno o gás metano gerado pelo lixo orgânico descartado incorretamente. Com a mudança de destino de sobras de jardinagem do Campus vindas das podas como galhos e gramas, além da horta, houve uma economia desde a implantação do processo, em 2015, de R$ 30 mil. Antes o descarte deste material demandava a contratação de caçambas e o direcionamento para aterros.

Para quem quer saber como anda a sua contribuição pela sustentabilidade do planeta, André deixou como dica a consulta a ferramentas de Pegada Ecológica. A Pegada Ecológica mede a quantidade de recursos naturais renováveis para manter nosso estilo de vida. Acesse o link para a calculadora de Pegada Ecológica da World Wide Fund for Nature (Fundo Mundial para a Natureza).

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