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Mente sã, corpo são

A correria do dia a dia e a obrigatoriedade de realizar, da melhor forma possível, todos os afazeres profissionais podem provocar estresse, sobretudo se as funções demandam muita responsabilidade, competitividade ou o volume de tarefas é excessivo. Entretanto, quando exaustão, insônia, dificuldade de concentração, alterações de humor e dores de cabeça são sintomas recorrentes frequentes, é hora de acender o alerta. Esses, assim como apatia, insegurança, negatividade, sensação de fracasso ou de incompetência, dores musculares, alterações no apetite, disfunções gastrointestinais e alteração nos batimentos cardíacos podem ser sintomas da Síndrome de Burnout.

De origem inglesa, a expressão deriva-se de duas outras palavras: burn, cujo significado é queimar, e out, que quer dizer fora. O termo, portanto, pode ser compreendido como “consumir-se de dentro para fora”. Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, a Síndrome de Burnout foi descrita na década de 1970 pelo psicólogo alemão Herbert Freudenberger e, recentemente, foi incluída na próxima edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) da Organização Mundial de Saúde (OMS), que entrará em vigor em 2022, como um “fenômeno ligado ao trabalho e que afeta a saúde”.

De acordo com Renato Diniz Silveira, psiquiatra e professor do Curso de Medicina da PUC Minas, ao observar o surgimento e a recorrência dos sintomas físicos e psíquicos, é necessário procurar acompanhamento médico, que é feito com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos. “O tratamento, normalmente, surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso”, ressalta o professor, que também afirma a importância de se manter uma rotina regular de atividade física e desenvolver atividades de lazer para mitigar os sintomas da síndrome.

No entanto, mais importante que o tratamento é a prevenção. “Condutas saudáveis evitam o desenvolvimento da doença, assim como ajudam a tratar sinais e sintomas logo no início”, explica o professor Renato, ao enumerar as principais formas de prevenir: definir objetivos na vida profissional e pessoal, participar de atividades de lazer com amigos e familiares, fazer atividades que fujam à rotina diária, evitar o contato com pessoas negativas, conversar com alguém de confiança sobre o que se está sentindo, fazer atividades físicas regulares, descansar adequadamente e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e substâncias ilícitas, que podem gerar ou agravar a confusão mental. “É fundamental manter o equilíbrio entre o trabalho, lazer, família, vida social e atividades. Lute sempre para não deixar que as coisas mais desgastantes da vida superem as coisas agradáveis. Cuide-se!”, aconselha o professor.

É justamente o que faz Marcos Vinícius Soares, o bibliotecário do Campus Contagem. Ocupando um cargo de gestão, ele enfrenta diariamente os desafios de ser responsável por um setor e por uma equipe de 14 funcionários. “Eu acho que gerir pessoas é uma das ações mais complexas e delicadas. O grande desafio é conciliar as ações dos procedimentos administrativos junto com essa gestão, proporcionando um ambiente agradável a todos. Da melhor forma possível, a gente tenta prestar um excelente serviço e atendimento. É um trabalho contínuo, mas de humanização, que é um dos pilares da Instituição”, analisa.

Para que a responsabilidade não se torne um fardo, ele adotou a estratégia de dividir bem o seu tempo entre vida pessoal e profissional. “No trabalho eu tento resolver os problemas e os conflitos da melhor forma possível, de maneira rápida e que seja definitiva. E fora dos muros da PUC Minas eu foco na minha vida particular. Tento dividir os dois personagens: o bibliotecário Marcos e o Marcos cidadão, explica Marcos, que encontrou na corrida mais que um hobby, mas uma nova paixão além dos livros. “É uma excelente atividade à qual eu me dedico. E percebo que tenho bons resultados no aspecto físico, mas, principalmente, no emocional. Quando estou correndo não penso em nada, nem som eu coloco. Gosto de sentir minha respiração, a batida dos meus pés no chão e aí eu vou longe. Os problemas ficam para trás, as tristezas, o estresse e eu penso só no próximo quilômetro. Mais um quilômetro, mais um quilômetro e eu vou embora”, conta, destacando a disposição e a concentração como um dos reflexos positivos da prática de atividade física regular em seu trabalho.

Para quem está em busca de uma forma de encarar a rotina de uma maneira mais leve, ele aconselha: “Os problemas existem e eles são diários, mas precisamos encará-los e resolvê-los com muita ética, responsabilidade, profissionalismo e tranquilidade. Também temos que tentar não repetir os mesmos erros. E, depois do expediente, procurar se desligar. Dividir bem os papéis e se organizar da melhor forma possível para trabalhar bem, trabalhar feliz e, ao mesmo tempo, viver a vida bem depois”, orienta.

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