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Comunicação Não-Violenta

No dia 14 de outubro, às 14h30, acontece o evento de comemoração do Dia do Professor e do Funcionário. O evento será transmitido ao vivo pelo canal oficial da PUC Minas no Youtube PUC Minas Lives e contará com as falas do reitor da Universidade e e bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, do pró-reitor de Recursos Humanos, professor Sérgio Silveira Martins e do secretário de Comunicação, professor Mozahir Salomão Bruck. Na sequência, haverá a apresentação da cantora e compositora mineira Paula Kfuri Paz.
O tema da palestra deste ano é a Comunicação Não-Violenta, ministrada pela professora Mayara Carvalho.


Como a Comunicação Não-Violenta pode ser positiva para a vida pessoal e corporativa

Em algum momento da sua vida você já deve ter vivenciado ou pelo menos escutado a seguinte frase: “foi um mal-entendido” ou mesmo “tivemos uma falha de comunicação”. Pois é, pequenos deslizes em nossa forma de comunicar podem acabar gerando grandes problemas em um futuro bastante próximo. Por sorte, existe uma técnica de comunicação que nos auxilia a nos expressarmos de forma empática, o que colabora para um diálogo efetivo: trata-se da Comunicação Não-Violenta, ou CNV.

Sistematizada e difundida pelo psicólogo e professor estadunidense Marshall Rosenberg, a Comunicação Não-Violenta promove a empatia, a compaixão e a escuta, permitindo que uma pessoa se expresse de modo a não magoar ou machucar o próximo. “A CNV é uma comunicação que promove conexão com meus próprios sentimentos, necessidades e também conexão com as pessoas com quem eu me conecto. Ela promove a escuta empática, é um convite de apoio, uma lembrança de que a outra pessoa não está só”, explica a professora e facilitadora de Justiça Restaurativa, Mayara Carvalho.

 

Em momentos de discussão ou debates, é comum que as pessoas estejam tão fixadas em seus próprios ideais que, apesar de estarem conversando, não estão dialogando. “Nessas situações, estamos na verdade alternando monólogos, em que duas pessoas falam, mas ninguém realmente escuta o que o outro quer dizer”, explica a professora Mayara. O que falta é a conexão. E é exatamente essa interação saudável e empática que a prática da Comunicação Não-Violenta busca promover: mais do que apenas auxiliar durante uma conversa, a CNV permite que um diálogo, de fato, surja daquela interação. “Isso ocorre porque ela realmente possibilita que exista a conexão, que estejamos ali, no presente, de modo que as nossas diferenças e pluralidades sejam respeitadas”, conclui.

Muitos são os espaços em que a Comunicação Não-Violenta pode fazer valer sua prática: com a família, sala de aula, amigos e também, é claro, no ambiente de trabalho. Isso porque, a partir do momento em que a CNV permite uma interação empática e respeitosa, o clima e ambientação daquele espaço também se transformam. “O simples fato de eu poder estar em um lugar a que me sinto pertencida muda muito a qualidade e o exercício do meu trabalho”, explica a professora Mayara. De acordo com ela, quando um determinado ambiente oferece a sensação de respeito e acolhimento, a disposição e desempenho das atividades a que nos dedicamos é  potencializada.

“Normalmente, eu vejo que as pessoas têm mais dificuldade em se relacionar com o grupo de pessoas no trabalho do que realmente executar aquelas atividades. Ou seja, veja quanto tempo e energia são perdidos se eu estou em um ambiente de não conexão”, pondera.

Mas, como podemos, de fato, nos comunicar de forma não-violenta? De acordo com a professora Mayara, não existe um único modo de aplicação da CNV. “Eu gosto de dizer que existem pelo menos 10 mil formas pra praticar a CNV, por que ela não é rígida. Uma delas é o modelo proposto pelo psicólogo Marshall Rosenberg”, indica Mayara.

Por sua vez, o psicólogo reconhecido por sistematizar e difundir a CNV indica que podemos praticar a Comunicação Não-Violenta por meio de quatro etapas: uma observação sem julgamentos do que está acontecendo; a percepção dos sentimentos presentes em mim e na pessoa com quem eu estou interagindo; a identificação das necessidades essenciais naquele momento; e, por fim, a realização de um pedido que venha a satisfazer o que realmente necessitamos.

Quando realizada, os benefícios dessa prática são muitos: o bem-estar consigo e também em relação aos outros, a promoção de um clima de cooperação e apoio e o exercício do autoconhecimento. “A CNV é útil no nosso cotidiano, porque ela nos auxilia a conseguir aquilo que precisamos, por meio da conexão que é criada. Porque se eu não sei o que eu quero e não consigo me conectar a isso, é muito difícil que a outra pessoa consiga me compreender”, explica a professora Mayara.

Além dos benefícios em nossas relações, as melhorias obtidas pela prática da CNV podem ser sentidas em vários segmentos de nosso dia a dia. É o caso, por exemplo, da estudante do 10º período de Psicologia da PUC Minas São Gabriel, Milena Evellyn Pereira. Ela integra o projeto de extensão MediAção Comunitária: Práticas Comunitárias, Restaurativas e de Mediação de Conflitos, e conta que foi por meio dessa iniciativa que pôde se aproximar da Comunicação Não-Violenta.

“A CNV não é só uma linguagem, é uma forma de olhar para o mundo de modo a negar a violência”, explica a aluna. Ela conta que, após ter a chance de conhecer um pouco mais sobre a Comunicação Não-Violenta, buscou exercer a prática não apenas em seus relacionamentos pessoais, mas também em várias práticas de sua rotina. “Conhecer a CNV me fez mudar a minha relação com o mundo, em que eu passei a pensar e questionar de onde vieram os produtos que eu estou consumindo e como estão as necessidades das pessoas que estão produzindo esses materiais. Foi, inclusive, por conta da CNV que eu me tornei vegana, a partir do momento em que entendi que os animais também têm necessidades. Então, eu acredito que a CNV nos ajuda a sermos mais respeitosos e empáticos em todas as nossas relações”, conta.

Para a professora Mayara, a Comunicação Não-Violenta trabalha por meio da empatia: “É um modo de se comunicar assertivamente, porém, gentil. Ela não é arrogante ou prepotente com o próximo, mas, sim, acolhedora”.

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Secretaria de Comunicação | Recursos Humanos