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Criatividade e trabalho: qual a influência?

“A mente criativa brinca com os objetos que ama”. A frase do psiquiatra e fundador da psicologia analítica Carl Jung faz referência ao processo criativo, responsável pelo desenvolvimento de ideias que utilizam a criatividade como mecanismo para atingir um determinado objetivo. Apesar de ser considerada como uma competência especialmente ligada às atividades artísticas, a criatividade é um grande diferencial em todo segmento de trabalho.

A professora Tailze Melo Ferreira tem os processos criativos como objetos de estudo. Seu interesse surgiu após se questionar sobre a relação entre palavra e imagem na literatura e em outras visualidades contemporâneas. “Sempre acreditei que a criatividade é um modo de estar no mundo que nos permite nossa expressão mais singular, dando um sentido maior para a existência”, comenta. Tailze é coordenadora dos cursos de pós-graduação lato sensu em Educação Criativa, Escrita Criativa e Fotografia e Outras Visualidades Contemporâneas no IEC PUC Minas. Na PUC Minas Virtual, também atua como professora e coordenadora do curso Metodologias Ativas para a Educação.

A professora acredita que viver de um modo criativo também oferece uma condição de expansão dos horizontes em relação a vários aspectos da vida, tanto no âmbito profissional quanto pessoal. No mercado de trabalho, por exemplo, a criatividade permite encontrar soluções inovadoras para os desafios que surgem na rotina profissional. Nesse caso, a criatividade agiria permitindo que o foco mude do problema para possíveis soluções.

Com relação ao processo criativo, Tailze afirma que este é tão importante quanto o resultado final. Ela exemplifica dizendo que a criatividade atua da seguinte forma: as pessoas atuam dentro da perspectiva de várias versões. Se existe uma versão mais aprimorada de um projeto, essa versão mais interessante só surgiu graças à versão anterior.  Dessa forma, para Tailze, a criatividade dialoga com as ideias de “inacabado” e de aprimoramento das produções. “Para a pessoa criativa não existe erro, e sim aprendizagem”, pontua.

 

 

No campo profissional, os trabalhadores atentos à sua formação criativa desenvolvem maior flexibilidade, empatia e colaboração para trabalhar em grupo. Isso se justifica pelo fato de reconhecerem a importância do trabalho em equipe para que uma grande ideia ganhe, efetivamente, corpo. “São profissionais multitalentos e que apreciam aprender coisas novas sempre”, completa.

Não existem fórmulas milagrosas para desenvolver o olhar criativo. Todos podem aprimorá-lo ao longo da vida. De acordo com a professora, o que existe é um entusiasmo por conhecer novas referências de diferentes linguagens e áreas do conhecimento. “A pessoa criativa é curiosa e aberta ao novo. Não tem medo de experimentar novos modos de realizar tarefas, pois entende que o mais importante é a experiência em si”, reforça.

Apesar de ser uma característica mais comportamental do que técnica, ela pode ser trabalhada e reinventada diariamente. Por esse aspecto, a educação se relaciona de maneira fundamental com a formação criativa. Escolas e universidades que valorizam mais o processo do que o resultado final, por exemplo, estimulam o desenvolvimento de ideias criativas. A professora defende que é preciso acreditar mais na avaliação formativa, um método que considera todo um circuito de aprendizagens ao longo do processo do que apenas uma nota final, geralmente oriunda de provas tradicionais.

Tailze finaliza afirmando que a criatividade permite que, por meio das conexões entre saberes diversos, seja possível encontrar soluções diferentes para os desafios que a todo momento chegam até nós. Para ela, a criatividade é como um sopro de vida. “É a faculdade da inteligência humana que permite expressar o nosso próprio modo de viver”, conclui.

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