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Sono Alterado

Dormir tranquilamente as oito horas diárias recomendadas pelos especialistas é o desejo de muitos, especialmente para aqueles que sofrem com problemas de respiração durante o sono. A apneia e o ronco são alguns dos mais frequentes, que também podem atrapalhar o descanso de quem dorme ao lado. "A apneia é, basicamente, a interrupção da respiração durante o sono. Essa intercorrência pode ser classificada de três diferentes formas: apneia central, que é proveniente do Sistema Nervoso Central (SNC); a apneia obstrutiva, que é originada pela obstrução da passagem do ar pelas vias aéreas superiores, ou ainda mista, quando as duas condições estão associadas", explica o professor Paulo Seraidarian, do Curso de Odontologia.

De acordo com o docente, a doença, que acomete homens e obesos com maior frequência, pode ser diagnosticada a partir de exames realizados por otorrinolaringologistas, tais como fibronasorinolaringoscopia, tomografias dos seios da face, para averiguar se existe alguma obstrução nestas vias; ou pelo exame de polissonografia, em que um aparelho mensura o número de eventos de apneia durante o sono. "A apneia pode ser considerada leve quando são registrados de cinco a 15 eventos de obstrução da passagem do ar por hora; moderada, quando os índices variam de 15 a 25 eventos por hora; e grave quando há mais de 25 eventos de apneia por hora", esclarece o doutor em odontologia.

Segundo Seraidarian, a apneia pode prejudicar muito a vida de quem sofre desse mal, podendo provocar sonolência diurna, taquicardia, hipertensão arterial, dificuldade de concentração e, quando grave, pode até levar a morte. "Parte dos óbitos que ocorrem durante o sono são causados pela apneia. A falta de ar pode alterar completamente o padrão do sono", diz o professor, que também afirma que tanto a adrenalina como o cortisol podem ser alterados, podendo aumentar a possibilidade do surgimento de diabetes.

O tratamento da apneia, segundo o dentista, pode ser feito de diferentes formas, dependendo do diagnóstico. Pode demandar procedimentos cirúrgicos, como cirurgias ortognáticas ou otorrinolaringológicas ou tratamento por meio de aparelhos. Um dos mais indicados é o CPAP (Continuous Positive Airway Pressure, ou, em português, Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas Superiores). Trata-se de uma máquina que, por meio de uma máscara presa ao rosto, joga ar durante todo o período noturno. "É altamente eficiente, no entanto o uso é constrangedor, incômodo, barulhento e o índice de adesão é baixo", explicou. Outra possibilidade é a utilização de aparelhos intraorais, construídos em acrílico, com diferentes desenhos, que facilitam a passagem de ar e estes são indicados quando se trata de pacientes com apneia leve ou moderada", explica.

Segundo o professor, apesar da dificuldade no tratamento da doença, é essencial procurar ajuda para que se tenha o correto diagnóstico e evitar o desenvolvimento de outros problemas. "O controle da apneia é um desafio, por isso sempre há estudos em andamento para trazer aos pacientes novas possibilidades de lidar com a doença", afirma ele, que também se empenha em pesquisas na área.

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