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Número 69 | 05/08/2014 a 09/09/2014

“Para aqueles que desejam se destacar no mercado de trabalhar a dica é investir em idiomas.”


Luísa Campos Anderson é graduada em Letras e Direito e pós-graduada em Língua Portuguesa, pelo IEC PUC Minas. A ex-aluna já lecionou português e inglês em diversas escolas, atuou como editora de Português da conta da Apple em umas das maiores agências de publicidade dos Estados Unidos e, atualmente, é coordenadora acadêmica de uma escola na Flórida (EUA). Ela acredita que seu trabalha exige a habilidade de negociar a todo momento. Saiba Mais aqui.

- Conte um pouco da sua trajetória profissional, fazendo um breve histórico da sua carreira e da sua atuação no mercado de trabalho.

Durante a faculdade de Letras, cursada na PUC Minas, fui contratada pelo Estado de Minas Gerais como professora de inglês. Na época, eu também estudava Direito na UFMG e o fato de ser estudante de Letras me proporcionou várias oportunidades interessantes de estágio na área jurídica. Contudo, quando me formei em Letras eu já sabia que minha paixão era a Educação. Comecei a trabalhar como professora de inglês em um renomado curso de idiomas em Belo Horizonte. Ao mesmo tempo, eu trabalhava como revisora de texto e tradutora em meu escritório próprio, atendendo clientes individuais, empresariais e ONGs.  Além de dar aulas em cursinhos de inglês, eu também trabalhei em excelentes escolas particulares de Belo Horizonte com Ensino Fundamental e Médio. Então, resolvi fazer pós-graduação em Língua Portuguesa no IEC PUC Minas.  Tal pós-graduação serviu para consolidar minha habilidade como tradutora e revisora, enquanto que a experiência como professora de inglês me abriu as portas para empregos em minha área nos Estados Unidos. Trabalhei como professora de inglês em escolas americanas públicas e particulares, em cursos de inglês e como editora de Português da conta da Apple em umas das maiores agências de publicidade dos Estados Unidos. Hoje sou coordenadora acadêmica de uma escola que está localizada na Flórida. Também sou Notary Public, uma versão americana do tabelião brasileiro, e faço traduções juramentadas válidas perante o governo federal americano.

- Como o investimento no curso de pós-graduação em Língua Portuguesa tem contribuído na sua carreira profissional? Como você utiliza os conhecimentos dessa área?

O investimento na pós-graduação em Língua Portuguesa contribuiu em muito para minha carreira. Meus clientes de tradução me procuram por eu ter o título de especialista em língua portuguesa. Eles sabem que irão obter um serviço de qualidade, fornecido por alguém que tem a formação acadêmica para tal. O fato de ser especialista em português também me favoreceu quando me candidatei para trabalhar como editora de português da conta da Apple. A agência de publicidade responsável pela conta estava com dificuldades para encontrar alguém cujo português estivesse à altura do cliente. Muitas pessoas da área de comunicação haviam se candidatado, mas apesar da experiência, elas não mostraram o conhecimento da língua que só adquiri com a pós-graduação.


- Quais são os seus planos profissionais daqui para frente?

Daqui para frente planejo concluir meu mestrado em Administração Escolar pela Lynn University, investir em melhorar minha fluência em espanhol, e quem sabe abrir uma escola de inglês no Brasil nos moldes dos cursos americanos. Planejo, também, me dedicar mais ao Instituto Noisinho da Silva, uma ONG de Belo Horizonte que vem recebendo reconhecimento nacional e internacional pelo trabalho voltado para a inclusão de crianças com deficiência em prol da construção de um Brasil mais justo.


- Você poderia dar dicas para profissionais que, assim como você, querem se destacar no mercado de trabalho?

Para aqueles que desejam se destacar no mercado de trabalhar a dica é investir em idiomas. Ao contrário do que muita gente pensa, inglês em nível avançado deixou de ser diferencial e empresas estão buscando profissionais com proficiência em inglês como segunda língua, além de experiência internacional, ou mesmo fluência em uma terceira língua. Por tal motivo, creio que intercâmbios para fazer cursos de língua estrangeira estão em alta. Por outro lado, não podemos esquecer que o domínio da língua portuguesa é algo que falta a maioria das pessoas. Por tal motivo, acredito que investir em ser capaz de escrever em um excelente português e comunicar-se verbalmente utilizando vocabulário apropriado às diferentes esferas sociais é um diferencial que o profissional de hoje deve buscar. Porém, o mais importante, em minha opinião, é saber inspirar pessoas e não apenas gerenciá-las.


- Na nossa reportagem de capa falamos sobre negociação no ambiente de trabalho. Na sua função atual, você acredita que precisa negociar? Em quais contextos faz isso?

O trabalho que desempenho atualmente me exige a habilidade de negociar a todo momento. Eu lidero uma equipe de professores com experiências culturais diferentes da minha, com necessidades individuais e com situações pessoais que exigem de mim a capacidade de conciliar as necessidades do funcionário e da empresa.  Eu lido, também, com alunos vindos de diversos países e que precisam ser inseridos na cultura americana. Essa é uma tarefa que demanda negociação. Não é fácil convencer alguém de que o que é certo em seu país, aqui pode ser considerado crime ou de que um determinado comportamento não é aceito socialmente. Além do mais, os alunos aos quais presto aconselhamento acadêmico são clientes e cabe a mim negociar soluções que atendam as necessidades dos alunos e o perfil da escola. Como eu disse, anteriormente, o profissional de hoje tem que saber inspirar pessoas. Isso, muitas vezes, tira o caráter comercial da negociação e torna o ambiente de trabalho aprazível e acolhedor.

 

01/08/2014

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