PUC CULT BEM-ESTAR LADO B EM DIA COM RH GERAIS GENTE NOVA ANIVERSÁRIOS CADÊ VOCÊ? POR DENTRO DA PUC GERAIS

:: Voltar à primeira página do informativo ::

Transformando sentimento em arte

O funcionário Paulo Sergio Antonio Vicente, vigia da Unidade Praça da Liberdade, encontrou nas artes manuais uma forma de expressar sua essência e apreço por aqueles que estão a sua volta. Ele conta que sua história com a arte começou quando era mais novo, época que viajava com a mãe para as cidades do interior de Minas Gerais. “Durante os nossos passeios, minha mãe sempre ficava encantada com as igrejas, mas, na grande maioria das vezes, nós não tínhamos dinheiro para visitar aquelas que cobravam taxa de entrada”, lembra.

Sabendo da admiração que sua mãe tinha pelas igrejas, Paulo decidiu dar um presente especial para ela: “Eu falei que iria fazer a Igreja de São Francisco para ela, mas eu nunca tinha mexido com nada disso. Foi aí que comecei a procurar material e a pedir ajuda sobre algumas técnicas para montar a peça”.

A reprodução da Igreja São Francisco de Assis, a Igrejinha da Pampulha, foi a primeira das muitas igrejas que Paulo fez, e, até hoje, ela tem um lugar especial em sua casa. “Foi com ela que tudo começou e é uma forma de me lembrar dos momentos que passei com minha mãe”, disse. Após o falecimento de Dona Clarice, a atividade é a forma que Paulo tem de se lembrar dela. “Quando começo a fazer minhas coisas, me perco no tempo e me transporto para outro lugar. Viajo no meu silêncio e faço o que preciso, além de ser uma forma de estar perto dela”, revela.

Aos poucos, Paulo foi criando suas próprias técnicas e desenvolvendo seu estilo de fazer as peças. Das réplicas das igrejas, agora ele constrói oratórios. Sem se preocupar em comercializar seus produtos, ele conta que faz os oratórios como uma forma de presentear seus amigos. “Não tenho interesse em ganhar dinheiro com isso. Para mim, é uma forma de agradar aqueles que gosto com um presente feito por mim”, explica. Para o Natal, ele já contabilizou cinco amigos que irá presentear.

Paulo ainda conta que não estipula prazo para fazer os seus oratórios, o que os torna ainda mais especiais. “Vou começando aos poucos, mexendo em uma peça, lixando um lado, pintando outro. Vejo um pedaço de madeira na rua e penso em como posso usá-lo. Se eu não gosto de como está ficando, começo tudo de novo. Deixo a criatividade fluir e assim vou fazendo cada um dos oratórios de um jeito, sem pressa”, reflete.

A criatividade também é despertada durante os seus momentos de caminhada pelas ruas próximas à sua casa ou na volta do serviço: “Como trabalho no horário noturno, saio da PUC bem cedo, quando a cidade ainda está dormindo. Esse é o melhor momento para reparar em tudo que está à nossa volta, na arquitetura dos prédios, das casas. Isso me auxilia na hora de criar minhas peças”. Paulo também se orgulha de sua memória fotográfica. “Não preciso de imagens ou fotos para recriar minhas peças, minha memória é muito boa e eu sempre me atento aos detalhes das construções para depois tentar reproduzi-los com minhas próprias mãos”.

:: Volta ::

Secretaria de Comunicação | Recursos Humanos