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Enfrentando a autossabotagem

Vivemos em uma sociedade que está em constante processo de mudança. Para algumas pessoas, essas alterações podem significar algo positivo, mas para outras pode gerar medos e inseguranças sobre o futuro. Esse medo não quer dizer necessariamente que estamos nos autossabotando, mas é importante estarmos atentos. A autossabotagem é entendida como uma das formas que o nosso inconsciente utiliza para nos proteger, mas faz com que seja criada certa resistência às novas situações. Procurar ajuda especializada é uma das orientações para vencer a dificuldade.

Para a professora do Curso de Psicologia Carla Derzi, o autoboicote pode estar ligado à dificuldade das pessoas em enfrentar os riscos que a vida oferece. "A autossabotagem se caracteriza por certas condutas que afastam as pessoas da realização de um desejo como também da oportunidade de usufruir desse desejo”, explica. Sendo assim, a pessoa acaba comprometendo o próprio desenvolvimento ao não encarar os desafios que a vida apresenta. A professora explica que essa prática envolve processos inconscientes, por isso é difícil a pessoa descobrir que sabota a si mesma, mas alguns comportamentos recorrentes podem ajudar a identificar o problema. "A repetição dos fracassos na vida de alguém pode ser um índice, um sinal para a descoberta da sabotagem”, ilustra.

Para entendermos melhor como funciona a autossabotagem, a professora exemplifica com o caso de um estudante que repete em várias disciplinas, atrasando a sua formatura e consequentemente seu êxito na vida. Outro exemplo é quando um estudante, após se formar, desiste da profissão por não se achar bom o suficiente. Vale lembrar que essa armadilha do subconsciente não é específica de alguma área de nossas vidas, podendo acontecer em todas, seja na profissional, amorosa etc.

O funcionário do Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais Lucas Figueira recorreu ao atendimento psicológico para lidar melhor com suas inseguranças. Ele conta que depois que terminou o Ensino Médio, percebeu que a autossabotagem esteve mais presente na sua vida. "O medo do futuro e dos desafios que poderiam estar por vir era tão grande que eu me autossabotava, de forma que eu não conseguia decidir um curso ou uma profissão”, conta.


Lucas relata que na época, não conseguia encontrar uma área profissional da qual se interessasse. Primeiro ele ingressou no curso de Farmácia, mas trancou após o quarto período. Hoje em dia, ele está cursando Engenharia de Software na PUC Minas. "Eu sempre achava que nada combinava comigo, quando, na verdade, a resposta estava bem na minha frente, e eu só não conseguia enxergar”, conta. A escolha do curso atual foi feita com o auxílio de uma psicóloga através de um trabalho vocacional. Hoje em dia ele realiza acompanhamento terapêutico semanalmente. "Acho que o autoconhecimento é nossa melhor ferramenta para nos ajudarmos”, acredita Lucas.

A professora Carla Derzi explica que a possibilidade de fracasso na vida faz com que algumas pessoas antecipem essa derrota, construindo obstáculos para a própria existência. Para romper com a repetição da autossabotagem, a professora reafirma a importância do tratamento psicanalítico e/ou psicoterápico, para o acompanhamento de cada caso a partir de suas especificidades.

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