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Sem glúten, sem lactose

Inchaço, desconforto estomacal, diarreia e vômitos são alguns dos sintomas que indicam a incapacidade do corpo de digerir a proteína do leite ou a proteína presente no trigo, no centeio e na cevada, conhecidas popularmente como intolerância à lactose e ao glúten, respectivamente. Mas as dietas restritivas, direcionadas aos intolerantes, vêm atraindo outros interessados que querem cortar o glúten e a lactose do cardápio para perder alguns quilinhos extras. “Essas dietas se disseminaram de forma indiscriminada, atraindo adeptos com a promessa de perda de peso rápida . E, embora pareçam ser a solução para alcançar o tão desejado corpo, deveriam ser adotadas somente em determinados casos, como para os indivíduos com doença celíaca ou àqueles que têm sensibilidade ao glúten”, explica a professora Milene Henriques, do Curso de Nutrição da PUC Minas.

Segundo a docente, ao contrário do que vem sendo disseminado — de que a digestão do glúten é mais lenta, e, por isso, a proteína também seria responsável por desacelerar o metabolismo, promovendo o ganho de peso —, o problema central pode ser outro. “O que acontece é que a proteína está presente em alimentos que são, geralmente, muito calóricos, como biscoitos, massas, pães e pizzas, ou seja, tudo o que é feito com trigo. Assim, o emagrecimento não ocorre porque você tirou o glúten da dieta, mas sim porque excluiu os alimentos muito calóricos. Mais importante do que cortar o glúten, é melhorar a qualidade das calorias ingeridas e, se for preciso perder peso, reduzir a quantidade”, esclarece Milene. 

Com a lactose, a história é parecida: acredita-se que o leite causa inflamações no organismo e, consequentemente, favorece o sobrepeso e a obesidade. “Nesse caso, o emagrecimento é observado devido à restrição de alimentos considerados fontes de gorduras, como iogurte, queijos, manteiga, creme de leite, entre outros”, afirma a professora.

Há também o lado negativo de se reduzir o consumo de alimentos com glúten e lactose da dieta. No caso do glúten, a restrição alimentar pode reduzir a sensação de saciedade, fazendo com que a pessoa coma em maior quantidade e, consequentemente, ganhe peso. “Além disso, os alimentos fontes de glúten são também fontes de carboidrato. E a restrição severa ao carboidrato pode levar a pessoa a sentir fadiga, cansaço, falta de energia, tonteira, visão escura e até sensação de desmaio. Se consumido dentro da recomendação, o carboidrato representa uma excelente fonte de energia para o corpo. A dica é sempre preferir a versão integral, pois além de promover saciedade, auxilia no funcionamento intestinal, reduz absorção de gorduras e ainda ajuda no controle da glicemia e colesterol do organismo”, diz Milene.

 No caso de quem elimina o leite da dieta, os malefícios incluem a perda de uma importante fonte de cálcio, essencial para a saúde dos ossos. “Embora presente em outros alimentos, como vegetais verde escuros, o cálcio é encontrado principalmente no leite e em seus derivados. E este nutriente é fundamental para a saúde dos ossos e dentes, além de ser importante no processo de contração muscular e na sinapse nervosa”, pontua.

Alergia e intolerância são a mesma coisa?

Considera-se como alergia quando o corpo reage a um alimento e desencadeia um mecanismo imunológico, como coceira, choque anafilático etc. A alergia, que é sempre provocada por uma proteína presente em alguns alimentos, é mais frequentemente causada por itens como leite de vaca, ovo, trigo, peixe e crustáceo. Para reverter o quadro alérgico, além de medicamentos específicos, é essencial suspender o consumo do alimento causador da crise.

A intolerância é menos grave, provocando mal-estar, desconforto abdominal e gases e pode ser tratada a partir de uma dieta restritiva.

Glúten nem pensar! 

A doença celíaca é uma doença autoimune, desencadeada pelo glúten, que altera profundamente a textura da parede intestinal, prejudicando a absorção dos nutrientes, de forma que a pessoa não ganha peso e tem diarreias frequentes, inchaço abdominal e gases. A biópsia de intestino é o teste que confirma o diagnóstico da doença celíaca. Há também um exame de sangue que rastreia a presença de três anticorpos relacionados à doença. 

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