IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas
número 80 | 01/10/2015 a 01/11/2015
Destaque
Ansiedade: quais as consequências para carreira?
Excesso de informação, acúmulo de tarefas, pressão dos superiores, rotina agitada, desejo de rápida ascensão, solicitação de aumento, desemprego e falta de perspectiva. Na vida moderna, praticamente todas as pessoas estão sujeitas a esses fatores, principalmente no trabalho. Resultado de tudo isso: ansiedade. Apontada como a grande vilã nos dias de hoje, a ansiedade pode ser apenas momentânea, ou dependendo do grau, pode prejudicar as relações pessoais e profissionais.
Independente do momento que o profissional está vivendo na carreira, qualquer um pode ser vítima de ansiedade. Para a doutora em psicologia e coach, Carolina Resende, a ansiedade na carreira pode acontecer em vários estágios. "No início, o jovem tem ansiedade diante da primeira experiência profissional porque não sabe se vai dar conta, se é aquilo mesmo que ele quer. Depois de um tempo no mercado, a ansiedade vem por conta da demora pelo reconhecimento, da falta de estabilidade muitas vezes. Mais ao final da carreira, a preocupação é com a aposentadoria. Em todos esses momentos se não houver um planejamento tanto da carreira, quanto da aposentadoria, dificilmente as coisas acontecem da forma como gostaríamos", argumenta Carolina que também é professora na PUC Minas.
Para o publicitário Thiago Vaz, aluno do curso de pós-graduação em Comunicação Estratégica da PUC Minas, a transição da faculdade para o mercado de trabalho foi tranquilo porque ele já trabalhava na área desde o início da faculdade, porém, por ser ansioso acabou aceitando propostas de forma muito precipitada: "Procuro pensar muito bem antes de tomar qualquer atitude em relação a minha carreira. Isso me ajuda bastante a não fazer nada precipitado, mas já ocorreram casos em que eu acabei trocando de empresa sem ponderar sobre a oportunidade e acabou sendo uma péssima experiência profissional que me frustrou demais", pontua.
Para Carolina, a ansiedade pode ser muito positiva no sentido de impulsionar as pessoas a agirem, mas também pode ser uma grande vilã para carreira quando toma tal proporção que ao invés do impulso ela acaba travando as ações. "Estamos vivendo um período em que as pessoas não estão tendo tempo para analisar o que aconteceu quando algo deu errado. Não temos tempo de aprender com nossos erros. A crise seja ela econômica, política, social, faz parte da nossa realidade, as pessoas precisam planejar a carreira mesmo em tempos difíceis", acrescenta.
A realização profissional é apontada pela professora Carolina como grande responsável pela motivação. "O profissional precisa saber com o quê quer trabalhar. Mesmo que no início ele não consiga ingressar na carreira almejada, o profissional deve sempre focar na carreira que deseja ter, sempre se aperfeiçoando, se planejando, para que um dia consiga alcançar o trabalho dos sonhos. Sem motivação, ninguém aguenta muito tempo em um emprego", acredita.
Dicas para diversos momentos da carreira, segundo a psicóloga e coach Carolina Resende:
- Esteja sempre pronto! Mesmo que não esteja com perspectiva de ser chamado para uma vaga, esteja com sua aparência bem cuidada, documentos e fotos atualizadas de fácil acesso, roupas apropriadas. Caso apareça uma entrevista de última hora, o profissional vai estar pronto para participar.
- Tenha sempre um plano. Saiba qual carreira e qual empresa você gostaria de trabalhar. E a partir daí, molde suas ações para ocupar essa posição almejada.
- Invista em cursos que te qualifique para ocupar a posição que você deseja. Não espere ganhar uma promoção para aí então você investir na sua formação. C comece hoje mesmo, para que você seja merecedor de uma promoção ou um aumento.
- Se você está perto de se aposentar, planeje o que vai fazer quando aposentado. Muitas pessoas ficam ansiosas porque esperam tanto a aposentadoria que quando ela vem não sabem o que vão fazer nessa nova fase da vida.
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4 dicas para usar a ansiedade a seu favor 1. Tudo bem querer novos desafios, mas não aceite qualquer proposta só pelo gosto da novidade. Avalie com calma o que é melhor para a sua carreira. 2. Aprenda a ouvir. Às vezes achamos estar preparados para assumir postos mais altos, mas na real não é bem assim... Feedbacks de pessoas mais experientes podem ajudá-la a saber se está certa ou errada. 3. Autoanálise é essencial. Pense bem antes de decidir o que quer. Não adianta ganhar mais se achar chatas as novas atribuições. 4. Evite comparar sua trajetória com a de colegas da mesma idade. A história de cada um é única! Fonte: site Mdemulher – Editora Abril |
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