IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 74 | 02/03/2015 a 31/03/2015

Em dia com o Mercado

- Conte um pouco da sua trajetória profissional, fazendo um breve histórico da sua carreira e da sua atuação no mercado de trabalho.

Sou formada em Comunicação Social, na habilitação Jornalismo, e pós-graduada em Gestão Estratégica de Marketing. Tenho quase 20 anos de experiência trabalhando neste seguimento de mercado, atuando nas suas diversas áreas. Comecei minha carreira trabalhando em veículos, no jornalismo impresso, rádio, TV. Passei por produtora de vídeo, agência de publicidade como atendimento e planejamento e também em agência web. Uma fase de muito aprendizado atuando diretamente com ferramentas desta área. Mas, me realizei profissionalmente atuando com comunicação corporativa e marketing. Ao fazer a escolha de atuar dentro de uma empresa posso diariamente ter contato com todas as áreas que disciplinam a vivência em comunicação, além dos desafios do mundo corporativo como estar orientado para resultados.

- Como o investimento no curso de pós-graduação em Gestão Estratégica de Marketing tem contribuído na sua carreira profissional? Como você utiliza os conhecimentos dessa área?

A Pós-graduação em Gestão Estratégica de Marketing me permitiu adquirir conhecimento acadêmico de disciplinas que eu não havia estudado na minha Graduação, além de solidificar o aprendizado que adquiri na prática diária da profissão. Como me formei em jornalismo, buscar a Especialização em Marketing me trouxe outras referências que certamente usei no meu dia a dia no trabalho. Além, da oportunidade de reciclagem, da possibilidade sempre gratificante de retornar aos estudos, do prazer de aprender, pude conviver, durante o período do curso, com profissionais da área – professores e colegas, o que favorece a construção de relacionamentos. Alguns se transformam em alianças profissionais, parceiros de negócios e outros em amigos.

E tudo isto soma-se ao título adquirido e a assinatura de uma instituição de ensino de qualidade e relevância como a PUC Minas no meu currículo.

- Quais são os seus planos profissionais daqui para frente?

No momento vivo um grande desafio profissional que tem me motivado bastante. Sou gerente de Marketing Corporativo de um grupo de shopping centers que passa por uma fase de expansão e uma meta grandiosa: ser uma das maiores administradoras de shopping centers do Brasil até 2018, com 30 shoppings no portifólio. Hoje, temos sete shoppings operando, dois novos serão inaugurados ainda neste ano e outros 6 em construção. Acompanhar projetos simultâneos em diversas regiões do País, com empreendimentos em Roraima, Macapá, Santa Catarina ou no interior do Nordeste, considerando as peculiaridades de cada localidade e dificuldades de cada empreendimento, tem sido enriquecedor.

Além disso, a minha função exige que eu viaje muito e coordene equipes remotamente. Isto no atual momento em que minhas filhas são pequenas (1 ano e meio e quatro anos) e precisam muito da minha presença tem exigido grande planejamento. Na verdade, o maior desafio é de fato achar o ponto de equilíbrio entre a vida profissional e pessoas. Conciliar as tarefas do trabalho com as de mãe e mulher.

- Você poderia dar dicas para profissionais que, assim como você, querem se destacar no mercado de trabalho?

Em primeiro lugar: estudem. Nunca parem de estudar. Se num determinado estágio da sua vida, você não pode se dedicar a um curso de longo duração, faça cursos curtos, seminários, frequente palestras, leia. Nunca deixe de aprender. Tem aquela conhecida frase atribuída a Einstein que diz que “a mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original”. Conhecimento nunca é demais.

O mercado está cada vez mais competitivo. A pressão e o grau de exigência é cada vez maior. Mas, sempre haverá lugar para pessoas bem preparadas. Comece a trabalhar cedo. Faça estágios. Não faça corpo mole. Trabalhe! Mas, faça o que gosta e com quem gosta. Não há como trabalhar oito, dez, quatorze horas por dia fazendo algo que não se ame ou convivendo com pessoas que você não tolera. Crie bons relacionamentos. São fundamentais! Viaje, observe, converse, interaja, aprenda. Tudo o que está a nossa volta tem a nos ensinar. E todo conhecimento adquirido pode ser aplicado a melhorar o nosso desempenho profissional.

E uma última dica também importante: tenha sempre um objetivo maior a ser perseguido. Vale para o campo profissional e pessoal. Faça algo que te mova, te inspire, te realize e, se puder, que melhore o ambiente onde você vive. Pequenas contribuições individuais quanto somadas permitem grandes transformações. Cabe a cada um de nós deixar sua marca no mundo, sua contribuição para uma sociedade melhor.

- Na nossa reportagem de capa falamos sobre como a mulher consegue administrar a carreira e a família. Você já teve momentos na carreira que teve que abrir mão para cuidar dos filhos? Conte como foi/ foram esses momentos e como reagiu?

Na verdade, conciliar a maternidade e a carreira profissional é o maior desafio de todos! Não posso dizer que atingi o equilíbrio. Faço concessões, “combinados” e tento me perdoar diariamente por não ser a mãe perfeita que gostaria de ser e a profissional de alta performance que preciso ser e que exijo de mim.

A chave para o equilíbrio emocional é estar focada. Se estou numa reunião, projeto ou viagem de trabalho, estou totalmente dedicada àquele objetivo naquele momento. Se estou com minha família, brincando com minhas filhas, o meu tempo, minha atenção, meu pensamento e meu coração são delas. Estou entregue e inteira onde e com quem estou. Talvez seja isto que dizem quando se fala que a “qualidade do tempo é o que de fato importa”. Mas, é recorrente e humano sentir culpa por não ter mais tempo disponível e querer poder participar com maior frequência da vida escolar e outros momentos fundamentais da vida das minhas filhas.

O momento mais difícil da carreira é o retorno após a licença maternidade. São quatro meses de dedicação irrestrita ao papel de mãe. Você se apega aquela vida, que é tão frágil, e é complexo ter que romper este vínculo para estar apta a assumir outro papel, o de profissional. Eu, em consenso com meu marido, optei por não retornar após a licença e me dedicar às minhas filhas por um período maior. Só retornei ao mercado depois que ambas completaram o primeiro ano de vida. Nos programamos financeiramente para isto, fizemos concessões, mudamos nossas vidas para sobreviver a este período sem a remuneração da minha parte que contribui para o orçamento familiar. E o melhor: não nos arrependemos desta decisão. E, após este período, consegui retornar ao mercado de trabalho e me sentir mais completa através das conquistas profissionais que advém do trabalho.

Boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da Diretoria de Educação Continuada da PUC Minas

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